Galeria angolana Jahmek e a britânica Cooperfield vencem Prémio Opening da ARCOlisboa

Este prémio, já na segunda edição, destina-se a galerias com menos de sete anos de actividade. Feira decorre até domingo.

Foto
ARCOlisboa na Cordoaria Nacional António Cotrim/ Lusa

As galerias Jahmek Contemporary Art, de Luanda, e Cooperfield, de Londres, são as vencedoras ex aequo da segunda edição do Prémio Opening, que distingue o melhor pavilhão desta secção, anunciou esta quinta-feira a Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa.

Na galeria Jahmek, o júri destaca a contribuição do artista e arquitecto Tiago Borges, para “a criação de um ambiente e de uma instalação que envolve a audiência num universo de símbolos discrepantes e emblemáticos”, enquanto na galeria Copperfield, reconhece a superação de “uma nova abordagem”, que se estende a múltiplos temas, com “tradução de ideias em materiais de alta sedução”.

“Queremos celebrar a abordagem única do artista [Tiago Borges] aos significados históricos e actuais e aos elementos da cultura angolana e global”, às suas “referências e identidades”, escreve o júri do prémio Opening, sobre a sua intervenção na galeria Jahmek.

Sobre a galeria Copperfield, o júri afirma que “superou uma nova abordagem, ao apresentar um conjunto fora do programa (...), para criar um complexo grupo de trabalhos tocando temas de identidade política, futurologia, ficção e tradução de ideias em materiais de alta sedução”. Na Copperfield, “o júri premeia ainda um convincente e conciso trabalho de uma galeria próxima dos seus artistas”.

A secção Opening é dedicada a galerias com actividade recente, com menos de sete anos de experiência. O prémio traduz-se na devolução do valor do espaço de participação na ARCOlisboa. Neste caso, o valor “será repartido pelos dois vencedores”, adianta a organização.

O júri do prémio Opening é composto por Pierre-Bal-Blanc, comissário e ensaísta; Virginija Januskeviciuté, subdirectora do Centro de Arte Contemporânea de Vilnius; Agniya Mirgorodskaya, comissária e fundadora da Bienal de Arte Contemporânea de Riga; Taaniel Raudsepp, director do Talin Art Hall; a curadora Beatrix Ruf, ex-directora do Museu Stedelijk, em Amesterdão; Joanna Zielinska, responsável pelo departamento de Artes Cénicas do Centro de Arte Contemporânea do Castelo de Ujazdowski, em Varsóvia; e Ane Rodríguez, directora cultural de Tabakalera, de San Sebastián.

Na ARCOlisboa 2019, a galeria Jahmek apresenta obras do artista Tiago Borges, nascido em Luanda, licenciado em Arquitectura pela Universidade de Manchester e mestre em Design Interactivo pelo Royal College of Art, de Londres. A Copperfield participa com os artistas (Larry) Achiampong & (David) Blandy e Jane Bustin, do Reino Unido, Marco Godoy, natural de Madrid, Ella Littwitz, de Israel, Daniel de Paula, de origem brasileira, nascido nos EUA, e David Rickard, da Nova Zelândia.

A ARCOlisboa - Feira Internacional de Arte Contemporânea de Lisboa abriu esta quinta-feira ao público, com 71 galerias portuguesas e estrangeiras, e decorre até domingo. Co-organizada pela Feira de Madrid (IFEMA) e pela Câmara Municipal de Lisboa, reúne galerias de 17 países na Cordoaria Nacional, com a presença especial de galerias africanas, assim como uma secção dedicada às publicações de arte contemporânea.

A nova secção especial África em Foco conta com seis galerias, a Afriart (Kampala, Uganda), Arte de Gema (Maputo, Moçambique), Jahmek (Luanda, Angola), Momo (Cidade do Cabo, África do Sul), Movart (Luanda, Angola) e This Is Not a White Cube (Luanda, Angola).

Sugerir correcção
Comentar