CDS assinala cinco anos da saída da troika com visita a dois mercados numa só manhã

Assunção Cristas juntou-se à campanha do partido em Olhão para visita a duas praças que os centristas “dizem ser das mais duras”. Ouviram-se apoios, mas também muitas críticas.

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Cristas e Melo estiveram juntos no mercado de Olhão LUSA/LUÍS FORRA
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Cristas e Melo estiveram juntos no mercado de Olhão LUSA/LUÍS FORRA

Uma manhã, dois mercados aviados. Em Olhão, com a presença de Assunção Cristas, e em Faro, o CDS, além dos contactos com os populares, tinha um objectivo definido: celebrar os cinco anos da saída da troika de Portugal, quando o partido “era Governo”.

Faz hoje cinco anos que a troika saiu de Portugal. Saiu com o esforço de todos os portugueses, com tempos muito duros. Em cinco anos esperávamos estar noutras circunstâncias, ter o país a crescer aliviado em termos de austeridade, que agora vestiu outras roupas”, lembrou a líder do CDS ao quinto dia de campanha oficial para as eleições europeias.

Uma oportunidade para Assunção Cristas dar mais umas “bicadas” no Governo de António Costa que tem sido a constante da campanha do CDS. “Temos a austeridade no máximo de sempre, com a maior carga fiscal de sempre e com os serviços em números muito baixos, seja no investimento público, seja nos serviços públicos.

A presidente centrista também comentou as revelações do Tribunal de Contas sobre os manuais escolares: “A verba que o Governo alocou para os manuais aparentemente não chega para as necessidades. Nesse assunto como noutros, temos o Governo sempre a fazer propaganda depois a fazer as contas e, normalmente, as contas não batem certo.”

O combate à abstenção também foi tema para Cristas. “Temos dizer às pessoas que vale a pena ir votar. A abstenção é um grande risco e desqualifica a democracia “, disse.

Já em Faro, Nuno Melo também celebraria a saída troika de Portugal, lembrando que nesse dia festejou com uma garrafa de espumante. “Chega a ser paradoxal, cinco anos depois da saída da troika, que testemunhemos austeridade sem troika, de um Governo que é a troika sem a troika”, afirmou o número um da lista do CDS.

As visitas aos dois mercados algarvios correram como habitual, apesar de Nuno Melo reconhecer que as praças de Olhão e Faro “são das mais duras do país em termos de hostilidade”. Tiveram apoios, juras de votos, críticas e lamentos entre beijos e distribuição de propaganda. Em Faro, Nuno Melo travou mesmo uma conversa mais dura com um homem de 70 anos que acusou os centristas de “ladrões” e de “não fazerem nenhum”. “Quando vim para a política, já era advogado”, disse-lhe o candidato do CDS já um pouco enervado, afirmando depois que se tratava de um militante do comunista “que estava ali plantado” para provocar o incidente.

“Não é por coisas destas que não vimos para a rua dar a cara. Nas próximas eleições cá estaremos”, garantiu Melo. 

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