Eurovisão: Dinamarca, Suécia, Noruega, Rússia e Holanda na final

A segunda semifinal do Festival Eurovisão da Canção decorreu esta quinta-feira em Israel. Os países apurados para actuarem no sábado incluem também Macedónia do Norte, Albânia, Azerbaijão, Suíça e Malta.

Foto
Chingiz cantou Truth pelo Azerbaijão Reuters/AMIR COHEN

Já estão apuradas as últimas dez canções para a final da Eurovisão. Depois de Conan Osiris ter ficado pelo caminho na terça-feira na primeira semifinal, a derradeira semifinal do festival decorreu em Telavive esta quinta-feira. Os países que actuam no sábado são Macedónia do Norte, Holanda, Albânia, Suécia, Rússia, Azerbaijão, Dinamarca, Noruega, Suíça e Malta.

Estes países juntam-se aos vencedores da primeira semifinal (Grécia, Bielorrússia, Sérvia, Chipre, Estónia, República Checa, Austrália, Islândia, São Marino e Eslovénia), aos chamados cinco grandes (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido), e ao país anfitrião, Israel.

No início da cerimónia, transmitida em directo no YouTube pela organização da Eurovisão e em diferido pela RTP, para não interferir com o Telejornal, os apresentadores anunciaram que Madonna vai mesmo actuar na final de sábado, algo que ainda estava um pouco em dúvida. Ainda no início da semana, Jon Ola Sand, supervisor executivo do concurso, dizia que ainda faltava a cantora assinar contrato para actuar, mesmo que a própria já tivesse anunciado a participação – vai cantar o novo single Future, com Quavo, o rapper do grupo Migos. 

Desta feita, vários dos participantes fizeram comentários no final das canções – nenhum sobre o conflito israelo-palestiniano, contudo, apenas agradecimentos e platitudes sobre o amor.

O suíço Luca Hänni foi o quarto a actuar, com vermelho por trás e a dançar ao som da batida She got me, com “yo yo yo” e uma letra sobre “dirty dancing”. Foi o único país dos seis primeiros a actuar a chegar à final.

Depois de uma ida ao green room para os apresentadores falarem com os concorrentes, veio, pela Dinamarca, Leonora, que é também patinadora artística, e cantou, com nuvens atrás dela, sobre amor em Love is forever, com letra em inglês e francês, isto sentada em cima de uma cadeira gigante e acompanhada por um coro. Da Suécia, outro ex-desportista, o velocista John Lundvik, também a cantar sobre amor em Too late for love, acompanhado por um coro gospel. Lundvik também está representado na competição como co-autor da canção britânica, Bigger Than Us, que será interpretada por Michael Rice. O carácter camaleónico da maltesa Michela foi evidenciado em Chameleon, tema multicolor e musicalmente variado, com travos que vão do latino ao afro-caribenho.

Foto

Passado o intervalo, chegou a altura da Rússia e o Scream de Sergey Lazarev, balada dramática – com direito a gritos, trovões e chuva – de um repetente da Eurovisão, que já tinha ido representar o seu país à Suécia em 2016. A Albânia, o único país a apresentar uma canção integralmente na sua própria língua – algo que foi mais frequente na semifinal anterior –, foi representado pela voz de Jonida Maliqi e da sua Ktheju tokës, folk dramático sobre imigração, com direito a fogo. Logo depois, o trio norueguês KEiiNO com Spirit in the Sky, eurodance com joik, canto tradicional sámi – como a canção que o país apresentou em 1980, Sámiid ædnan, que fala sobre igualdade de direitos. O holandês Duncan Laurence e a sua Arcade, balada cantada ao piano sobre amor, com céus azuis atrás e “whoa whoa”. A Macedónia do Norte apresentou Proud, balada épica por Tamara Todevska, que acaba com uma fotografia dela e a filha projectada atrás. Chingiz (Mustafayev), que nasceu na Rússia, foi pelo Azerbaijão cantar Truth e o seu refrão em falsete, com máquinas de lasers a desenharem-lhe um coração em palco e um triângulo invertido atrás dele. A produção de palco só se tornou mais estranha a partir daí.

Foto

Além dos concorrentes, houve também espaço para outras actuações, nomeadamente de The Shalva Band, o grupo israelita que negou representar o país na competição por não querer actuar no shabat, e entretenimento com o mentalista Lior Suchard.

Esta gala ficou ainda marcada pela intrusão de uma activista com um cartaz contra o "apartheid” israelita, que conseguiu interromper a emissão do concurso musical. “Atreve-te a sonhar o fim do “apartheid"”, lia-se na faixa, numa alusão ao slogan deste ano do festival, “Atreve-te a sonhar” (em inglês dare to dream), exibida pouco antes do anúncio dos resultados.

Foto
O momento captado da activista na plateia da arena que está a receber a Eurovisão 2019 DR

A activista conseguiu, assim, furar as regras que proíbem a entrada de cartazes com conteúdo político, acabando expulsa de forma pacífica por agentes de segurança.

O incidente não foi captado pela realização da semifinal, a cargo da televisão pública israelita KAN.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários