Melo responde a Costa com “caridade cristã”: “Estão nervosos”

A campanha do CDS jogou em casa na manhã desta quarta-feira no mercado de Cascais. E contou com a ajuda de Pires de Lima, que aproveitou para “malhar” no Governo.

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O CDS começou a manhã em Cascais LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

António Costa acusou, na noite de terça-feira, o PSD e o CDS de fazerem “uma campanha de sujeiras”. Nuno Melo, cabeça de lista do CDS às europeias, respondeu-lhe na manhã desta quarta-feira durante uma arruada no mercado de Cascais: “Estão nervosos (…). Nós perdoamos.”

“Eu respeito todos os meus adversários, de todos os partidos, mesmo quando nos tratam mal, como aconteceu ontem com o dr. António Costa num comício. Percebemos. Percebemos o nervosismo, temos muita caridade cristã e vamos com muita força para estas eleições”, afirmou aos jornalistas.

Nuno Melo aproveitou a ocasião para reafirmar que a campanha “está a correr muito bem” e que as sondagens “estão muito melhores” do que noutras eleições.

Voltaria, porém, a António Costa: “Quem parte alavancado em sondagens, pensando que as sondagens são urnas, e as coisas não estão a correr bem, percebo que fique nervoso. Nós já temos uma fortíssima carapaça, porque sempre que vamos a votos sabemos que tudo custa muito mais ao CDS. É muito mais difícil ser direita em Portugal.”

Para Melo “há expressões que são escusadas” e é “possível fazer uma campanha sem violência verbal”. “Nós argumentamos com ideias. Podemos ser duros quando temos de ser, mas não depreciamos nem tratamos mal ninguém a título pessoal. E, por isso, ao dr. António Costa o que lhe desejo, além de que perca as eleições, é que tenha uma campanha tranquila e que perceba que há muito além da política. E nós perdoamos, perdoamos as palavras mais duras”, acrescentou, voltando a insistir que “Costa é que é o cabeça de lista do PS, substituindo-se ao Pedro Marques”.

A manhã correu bem aos candidatos do CDS. No mercado de Cascais, a arruada correu sem espinhas. Muita gente prometeu o voto no CDS e não faltaram críticas ao Governo e a António Costa.

Muitas vieram de António Pires de Lima que nesta quarta-feira se juntou à campanha. “Temos um Governo como nunca se viu. Um Governo que é uma vergonha. Um Governo de pais e filhas de maridos e mulheres (…) Uma situação nunca vista na democracia e na ditadura. Este Governo, que só existe porque é apoiado pela esquerda radical do BE e do PCP, merece um cartão amarelo. É um Governo de habilidadezinhas e truquezinhos”, afirmou o ex-ministro da economia.

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