Alabama aprova a mais restritiva lei do aborto nos Estados Unidos

A interrupção da gravidez só é permitida em alguns casos em que a vida da grávida está em risco.

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Manifestação contra a lei junto ao capitólio do Alabama CHRISTOPHER ALUKA BERRY/Reuters

Os legisladores do estado do Alabama aprovaram uma lei que proíbe o aborto em quase todas as situações - é a lei mais restritiva nos Estados Unidos.

O Senado estadual aprovou, por 25 votos a favor contra seis, a lei que só permite a interrupção da gravidez em determinados casos em que a vida da grávida esteja em risco; o aborto fica proibido em casos de violação e incesto.

A lei seguiu para a governadora, a republicana Kay Ivey, que não deu indicação se vai ou não assiná-la. Ivey é contra o aborto.

O projecto de lei tinha sido aprovado na Câmara de Representantes estadual por 74 votos contra três. 

Os activistas antiaborto esperam que a lei do Alabama ajude a reverter a decisão tomada em 1973 pelo Supremo Tribunal Federal que legalizou a interrupção voluntária da gravidez nos Estados Unidos.

 A Organização Nacional das Mulheres considerou a lei “inconstitucional” e disse ser uma “manobra evidente para garantir apoio político aos candidatos anti-aborto nas próximas eleições”.

Leis a restringir o aborto já foram aprovadas em seis estados governados pelo Partido Republicano: Arkansas, Kentucky, Mississippi, Dakota do Norte, Ohio e Georgia.

Só este ano, foram apresentados 61 projectos de lei em todo o país, entre eles alguns estados considerados progressistas como Nova Iorque e Illinois.

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