Semenya está a ser obrigada a abdicar da sua vantagem biológica. E agora?

A decisão do TAD implica que a sul-africana, se quiser continuar a competir nas suas provas de eleição, tem de seguir uma terapêutica para suprimir a produção de testosterona. Mas este é um debate que vai para lá das questões desportivas.

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Semenya em acção em Doha, num "meeting" da Liga Diamante Reuters/IBRAHEEM AL OMARI

Caster Semenya ganhou as últimas 30 corridas de 800m em que participou, a mais recente das quais, nesta sexta-feira, em Doha, numa etapa da Liga Diamante, com a melhor marca do ano (1m54,98s). Esta vitória no Qatar acontece dois dias depois de uma decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) de rejeitar um recurso da atleta sul-africana sobre os novos regulamentos da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) respeitantes às atletas que, como Semenya, sofrem de hiperandrogenismo, desportistas que apresentam uma produção de testosterona muito acima do que é considerado normal nas mulheres. Ou seja, a partir de 8 de Maio, de acordo com as regras do organismo, Semenya terá de se medicar para baixar a sua produção natural de testosterona se quiser continuar a correr em provas entre os 400m e a milha.

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