UE já atingiu meta para 2020 sobre o número de diplomados. Portugal ainda está longe

Objectivo da União Europeia era chegar a 2020 com 40% das pessoas entre os 30 e os 34 anos com um curso superior. Em Portugal ainda só são 33,5%.

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Joana Bourgard

Os dados de 2017 já faziam adivinhar que, ao nível europeu, o objectivo de chegar a 2020 com 40% das pessoas entre os 30 e os 34 anos com um curso superior ia ser alcançado. Os números de 2018 divulgados nesta sexta-feira pelo Eurostat confirmam-no. No ano passado, 40,7% dos europeus nesta faixa etária tinham pelo menos uma licenciatura.

Portugal é que ainda fica aquém. No ano passado, só 33,5% dos portugueses tinham um curso superior (o objectivo também é chegar aos 40%). O número só é inferior na Roménia (24,6%) e Itália (27,8%). A proporção de pessoas entre os 30 e os 34 anos com um curso superior é mais elevada na Lituânia, Chipre, Irlanda, Luxemburgo e Suécia. 

Além de Portugal há outros 11 países que ainda não atingiram as metas propostas: Irlanda, Luxemburgo, França, Espanha, Eslováquia, Alemanha, Croácia, Bulgária, Itália e Roménia.

A série de dados do Eurostat remonta a 2002, quando 23,6% dos europeus nesta faixa etária tinha um curso superior. Desde então, houve um “aumento constante”, nota o organismo de estatísticas europeias. “Este padrão de crescimento foi ainda mais significativo para as mulheres (de 24,5% em 2002 para 45,8% em 2018) do que para os homens (de 22,6% para 35,7%), ou seja, as mulheres estão acima e os homens ainda estão abaixo desta meta da Europa 2020.”

As mulheres portuguesas também são mais bem-sucedidas do que os homens neste indicador. Em 2018, 42,5% das mulheres tinham terminado o ensino superior e só 24,1% dos homens tinham feito o mesmo. 

Abandono escolar precoce em queda

Outra das metas da UE para 2020 tem a ver com o abandono escolar precoce. O objectivo é que, no próximo ano, só 10% dos jovens entre os 18 e os 24 anos não tenham concluído o ensino secundário obrigatório e não estejam em qualquer acção de formação. Em 2018, 10,6% dos jovens europeus ainda estavam nesta situação. Em 2006 eram 17%.

Em Portugal, a meta também ainda está por alcançar. Eram 11,8% em 2018, o valor mais baixo de sempre. A maioria dos Estados-membros também ainda não atingiu o objectivo (só 13% conseguiram).

Espanha (17,9%), Malta (17,5%) e Roménia (16,4%) são os países com as maiores taxas de abandono escolar precoce. A Croácia (3,3%), a Eslovénia (4,2%) e a Lituânia (4,6%) são os países que melhor se saem. 

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