Aliança considera que ministra da Saúde não tem condições para exercer o cargo

O partido de Pedro Santana Lopes diz que Marta Temido “vingou-se” dos enfermeiros, sem olhar para as condições dos doentes em lista de espera.

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LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O partido Aliança considerou esta quarta-feira que a ministra da Saúde, Marta Temido, não tem “quaisquer condições éticas, nem políticas para continuar a exercer o cargo”, depois de ter promovido uma “sindicância de vingança” à Ordem dos Enfermeiros.

“A Aliança entende que, quem diz o que a ministra disse sobre os doentes que morreram e que estavam em lista de espera, e, noutro plano, quem fez o que a ministra da Saúde fez, ao promover uma sindicância de vingança à Ordem dos Enfermeiros, não tem quaisquer condições éticas, nem políticas para continuar a exercer o cargo”, refere o partido numa nota enviada à comunicação social.

Na terça-feira, num comunicado divulgado pelo gabinete de Marta Temido, é referido que a ministra determinou à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde que realize uma sindicância à Ordem dos Enfermeiros (OE) “com o objectivo de indagar indícios de eventuais ilegalidades resultantes das intervenções públicas e declarações dos dirigentes” e “das actividades realizadas pela Ordem e correspectivas prioridades de actuação, e eventuais omissões de actuação delas decorrentes, em detrimento da efectiva prossecução dos fins e atribuições que lhe estão cometidos por lei”.

Outra das questões prende-se com “a gestão da OE no que respeita às suas contas”.

Já depois da divulgação da nota, a ministra da Saúde justificou a decisão de determinar uma sindicância à OE com “intervenções públicas e declarações dos dirigentes”, bem como actividades realizadas pela Ordem “e correspectivas prioridades de actuação”.

Na semana passada foi divulgado um relatório de um grupo técnico independente criado pelo Governo que conclui que a Administração Central do Sistema de Saúde “limpou” doentes das listas de espera para consultas, numa altura em que era presidida pela actual ministra.

Na nota divulgada pela Aliança no final da reunião da comissão executiva do partido é ainda reafirmada a preocupação em relação “ao gravíssimo atraso da Segurança Social na atribuição das reformas, colocando em causa a subsistência digna dos seus requerentes”.

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