Sri Lanka: Rui Lucas morreu em lua-de-mel “num sítio calmo”

Os ataques a igrejas e hotéis no Sri Lanka mataram um cidadão português. Rui Lucas tinha cerca de 30 anos e era natural de Viseu.

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Forças de segurança cingalesas num dos hotéis atacados Reuters/DINUKA LIYANAWATTE

Há um português entre os 207 mortos nos atentados à bomba deste domingo contra quatro hotéis e três igrejas cristãs do Sri Lanka. Rui Lucas, que estava alojado com a mulher no hotel Kingsbury de Colombo, a capital do país, tinha cerca de 30 anos e estava em lua-de-mel.

Segundo o Jornal de Notícias, Lucas, natural de Viseu, casou na semana passada. A sua mulher já pediu apoio ao Governo para “regressar rapidamente” a Portugal, diz por seu lado o Observador.

A este jornal digital José Luís Carneiro lembrou que os voos estiveram suspensos no Sri Lanka e que, assim que for possível, o Estado português vai assumir a marcação e o pagamento da viagem de regresso. Também os custos da transladação do corpo serão garantidos pelo Estado.

A Lusa adianta que Rui Lucas trabalhava numa empresa ligada a electricidade e climatização em Crasto de Campia, a 40 km de Viseu. “Era uma pessoa com um coração enorme, um grande amigo”, disse o dono da empresa, Augusto Teixeira, explicando que os 30 funcionários da empresa estão “consternados”.

“Ele ia passar a lua-de-mel num sítio calmo, com uma cultura diferente. Gostava de viajar, viajava muito nas férias”, disse Augusto Teixeira. 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, apresentaram condolências à mulher de Rui Lucas, que está a ser assistida pela cônsul honorária de Portugal em Colombo, Preenie Pine. Portugal não tem embaixada no Sri Lanka, os serviços são assegurados pela representação em Nova Deli, na Índia.

José Luís Carneiro disse à agência Lusa que há dez portugueses a viver no Sri Lanka e que todos se encontram bem. Uma família de quatro pessoas que estava em viagem pelo país contactou também a secretaria de Estado das Comunidades para pedir ajuda - o grupo está seguro. 

Entre os mortos há cidadãos de 27 nacionalidades, revelou o Governo cingalês.

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