Rio apela ao Governo: alargue os serviços mínimos ao resto do país

O líder do PSD criticou a concentração dos serviços mínimos na distribuição de combustíveis na Grande Lisboa e no Grande Porto.

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LUSA/RUI FARINHA

O líder do Partido Social Democrata (PSD) apela ao Governo “para que os serviços mínimos a aplicar à greve na distribuição de combustíveis se alarguem rapidamente a todo o território nacional”.

Numa publicação feita esta quarta-feira na rede social Twitter, Rui Rio criticou a decisão do Governo de estabelecer serviços mínimos para os postos de combustíveis da Grande Lisboa e do Grande Porto de 40% do valor de referência para um dia normal.

No Parlamento, esta quarta-feira, o primeiro-ministro disse que o Governo está disponível para alargar os serviços mínimos além das zonas de Lisboa e Porto.

O despacho emitido na noite de terça-feira pelos Ministérios da Administração Interna e do Ambiente e da Transição Energética estabelece serviços mínimos “necessários para satisfazer as necessidades sociais impreteríveis ligadas ao abastecimento de combustíveis e ao transporte de mercadorias perigosas e bens essenciais à economia nacional”, e que os trabalhadores abrangidos pelo aviso de greve dos motoristas de substâncias perigosas devem cumprir:

“Não faz sentido que estejam restringidos a Lisboa e Porto. Os portugueses têm de ser todos tratados por igual”, vincou o líder da oposição.

Também o vice-presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), Ribau Esteves, lamenta que a definição de serviços mínimos na crise do abastecimento de combustíveis se limitem a Lisboa e Porto. É uma decisão “não faz qualquer sentido”, disse esta manhã de quarta-feira em declarações à Rádio Renascença.

Ribau Esteves, também presidente da Câmara de Aveiro, diz que “Portugal não é só Lisboa e Porto”. “Todas as regiões são fundamentais para o país, vivem lá pessoas, há hospitais, há recolha de lixo para fazer, há tantas coisas que temos para gerir em todo o território nacional”, acrescenta.

Para Ribau Esteves “é fundamental, em respeito a todos os cidadãos, que os serviços mínimos sejam estendidos a todo o país, porque esta é uma questão que diz respeito a todas as regiões onde há cidadãos a viver”. Lembra que “estamos em época alta no turismo e é duplamente incompreensível que tenhamos um problema desta natureza” sem uma resolução que abranja todo o território. As “reivindicações têm que ser compatibilizadas com o funcionamento normal do país”, acrescenta.

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