Professores dizem adeus ao Governo

Professores estão concentrados junto ao Parlamento. “Se o Governo diz que se demite, só podemos dizer bye-bye”, disse Mário Nogueira quando questionado pelos jornalistas sobre a notícia da Rádio Renascença.

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Bye-bye.” Foi assim que o líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, reagiu a uma notícia da Rádio Renascença (RR) desta terça-feira segundo a qual o Governo poderia demitir-se caso o Parlamento reconhecesse a contagem integral dos nove anos, quatro meses e dois dias durante os quais o tempo de serviço dos docentes esteve congelado.

“Se o Governo diz que se demite, só podemos dizer bye-bye”, disse Mário Nogueira quando questionado pelos jornalistas sobre a notícia da RR. O líder da Fenprof aliás não perdeu tempo e transmitiu-a às dezenas de professores que estão concentrados junto das escadarias da Assembleia da República. A reacção não se fez esperar: uma grande salva de palmas e uma única palavra: “Boa.”

Fonte do gabinete do primeiro-ministro fez saber entretanto que “não está em causa a estabilidade do Governo”.

A Assembleia da República vai dar início nesta tarde ao processo de apreciação parlamentar do diploma do Governo que apenas consagra a recuperação de cerca de três anos do tempo de serviço congelado. Os partidos à esquerda e à direita do PS já consagraram essa recuperação nas propostas de alteração ao diploma do Governo, que irão baixar à comissão parlamentar da Educação depois apresentadas em plenário. “Hoje é um momento importante porque se vai reconhecer os nove anos, quatro meses e dois dias a que professores têm direito”, disse Nogueira que apelou aos partidos políticos para concluírem este processo antes de 15 de Maio, data em que o Parlamento suspenderá os seus trabalhos devido às eleições europeias.

Em declarações aos jornalistas, a deputada comunista Ana Mesquita considerou que tal será “perfeitamente possível se for essa a vontade dos partidos”. A deputada frisou que “a Assembleia da República tem todas as condições para dar resposta” a este problema que se arrasta há mais de um ano, mostrando estar confiante num acordo entre os vários partidos nesse sentido. Também a deputada do BE testemunhou a mesma confiança.

Apesar de todos os partidos, à excepção do PS, estarem de acordo quanto à contagem integral do tempo de serviço, esquerda e direita divergem no modo como esta se deverá concretizar.

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