Miguel Oliveira foi 14.º no GP das Américas: “Foi uma corrida complicada”

Português somou mais dois pontos no Mundial de MotoGP e é 16.º na classificação.

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Miguel Oliveira (KTM) somou neste domingo mais dois pontos no Mundial de MotoGP, ao terminar no 14.º lugar o Grande Prémio das Américas, disputado em Austin, no Texas, Estados Unidos. O piloto português saiu do 18.º posto da grelha, ainda perdeu duas posições mas rapidamente trepou outras seis, numa corrida que teve um vencedor surpreendente.

Não tinha sido uma qualificação nada fácil para Oliveira, na véspera, e o facto de não ter chegada à derradeira fase impediu-o de estar entre os 12 primeiros no momento da partida. Ainda assim, o piloto de Almada minimizou estragos e fechou a prova a 44,272 segundos do vencedor, somando mais dois pontos que o colocam no 16.º posto do Mundial, a par do experiente espanhol Jorge Lorenzo (Honda), ambos com sete pontos.

“Foi uma corrida bastante complicada. Foi um arranque e uma primeira volta bastante mediana, em que não consegui recuperar tantas posições quanto gostaria. Mas assim que consegui apanhar o ritmo senti-me bem com a mota”, explicou Miguel Oliveira à agência Lusa.

Depois de um intenso duelo com o francês Johann Zarco, piloto oficial da KTM, o piloto português cruzou a meta na 14.ª posição, imediatamente atrás do companheiro da marca austríaca. “Acabámos por terminar dentro dos pontos, que era o nosso objectivo num circuito muito complicado, com muitos truques. De facto, aqui, ter um grande à-vontade com a mota faz a diferença e durante a corrida apercebi-me de certas coisas que, ergonomicamente, têm de mudar para estar mais confortável e ter um desempenho melhor”, acrescentou.

A luta pela vitória foi bastante acidentada. Depois de ter conquistado a “pole position”, Marc Márquez (Honda), que tem um historial brilhante em Austin, arrancou bem e foi dominando a corrida, acumulando uma boa vantagem em relação à concorrência directa. Mas o pentacampeão mundial espanhol sofreu um despiste na nona volta e foi forçado a abandonar.

Valentino Rossi (Yamaha) aproveitou o acidente de Márquez para se colocar na frente, mas o veterano piloto italiano não conseguiu suportar o ataque contínuo de Alex Rins (Suzuki), que assumiu o comando à 17.ª volta e o segurou até à meta, garantido a primeira vitória da sua carreira em MotoGP, com 0,462s de vantagem sobre Rossi.

Com três provas disputadas, Andrea Dovizioso (Ducati), que foi quarto classificado em Austin, lidera a classificação de pilotos, com 54 pontos, mais três que Valentino Rossi (51) e mais cinco que Alex Rins (49). A próxima prova é o Grande Prémio de Espanha, em Jeréz de la Frontera, que se corre no dia 5 de Maio.

“Agora vamos para Jeréz, um circuito de que gosto bastante. Estamos muito optimistas para continuar este trabalho”, realçou o piloto português, após um desempenho que mereceu elogios por parte do director da Tech3, a equipa pela qual corre no ano de estreia em MotoGP. “O Miguel manteve a calma e trabalhou muito bem. Fez uma boa qualificação e, apesar de ter tido um arranque mau, recuperou bastantes posições”, resumiu o francês Hervé Poncharal.

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