A noite de Dino D’Santiago nos prémios PLAY

O cantor venceu três das 12 categorias na primeira edição dos PLAY - Prémios da Música Portuguesa, incluindo Melhor Artista Solo e Melhor Álbum.

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Dino D'Santiago NASH DOES WORK

O cantor Dino D'Santiago foi o mais premiado na primeira edição dos PLAY - Prémios da Música Portuguesa, ao vencer três das 12 categorias.

Dino D'Santiago subiu esta terça-feira à noite três vezes ao palco do Coliseu de Lisboa, para receber os prémios de Melhor Artista Solo, Melhor Álbum (Mundo Nôbu) e Prémio da Crítica, este último atribuído por um painel de cerca de uma dezena de críticos de música portugueses.

A noite no Coliseu de Lisboa foi de celebração da música portuguesa, da que tem milhões de visualizações no YouTube à que foi criada quando muitos dos nomeados não eram ainda nascidos.

Numa cerimónia apresentada por Filomena Cautela e Inês Lopes Gonçalves, e transmitida em directo na RTP 1, os vencedores de cada categoria foram sendo apresentados por duplas que incluíram cantores, como Sónia Tavares e Ana Bacalhau, actrizes, como Oceana Basílio e Isabel Valadeiro, escritores, como José Luís Peixoto, youtubers e até políticos, como a vereadora da Cultura da Câmara de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, o ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, e a ministra da Cultura portuguesa, Graça Fonseca, que entregou o Prémio Carreira.

Este prémio foi atribuído ao fadista Carlos do Carmo, reconhecendo, assim, a “carreira e nome cuja história é a história da música portuguesa dos últimos 50 anos”, afirmou Graça Fonseca.

No ano em que se despede dos palcos e comemora 80 anos de vida, Carlos do Carmo não pôde estar presente no palco do Coliseu porque, de acordo com um dos filhos do fadista, “levou à letra a expressão ‘break a leg’ [parte uma perna, em português, usada para desejar boa sorte a alguém]”.

Além do prémio, Carlos do Carmo foi homenageado no palco do Coliseu com a interpretação do tema No teu poema, de José Luís Tinoco e por si celebrizado, na voz do fadista Ricardo Ribeiro.

A cantora Blaya era a mais nomeada da noite, em três categorias, e acabou por não vencer nenhum prémio. Além disso, foi a única dos quatro nomeados para Melhor Canção que não pisou o palco para actuar, embora para quem seguiu a cerimónia na televisão tenha parecido que sim, já que a actuação tinha sido gravada anteriormente.

A cerimónia incluiu actuações dos outros nomeados para Melhor Canção, prémio atribuído pelo público, que, além de Blaya, contou com Wet Bed Gang, Valas com Raquel Tavares e ProfJam. O vencedor desta categoria foi Estradas no céu, de Valas com Raquel Tavares.

O prémio para Melhor Grupo foi atribuído aos Dead Combo, numa categoria para o qual estavam também nomeados os Diabo na Cruz, Linda Martini e Wet Bed Gang. Pedro Abrunhosa, por sua vez, viu Amor em tempo de muros distinguido como Melhor Videoclipe. No fado, Maria, de Carminho, superou Branco, de Cristina Branco, Sempre, de Katia Guerreiro, e o homónimo Sara Correia como melhor álbum. Na vertente internacional, destacou-se Kendrick Lamar: foram dele os prémios de Melhor Artista e Melhor Canção (All the stars).

Os discursos foram curtos e com agradecimentos para família, amigos, companheiros de estrada e de trabalho. Conan Osiris, distinguido com o Prémio Revelação, agradeceu ao público por o aceitarem e deixou um apelo: “Aceitem-se todos como me aceitaram a mim”.

O angolano Matias Damásio, vencedor do Prémio Lusofonia, dedicou a distinção “a todos os amigos da Lusofonia de Moçambique, que estão a passar uma situação muito delicada”.

A cerimónia incluiu também actuações de Amor Electro, Virgul, Jorge Palma e Sérgio Godinho e Expensive Soul.

Os prémios Play são uma iniciativa da associação PassMúsica, que representa artistas, bandas e editoras discográficas, em parceria com a RTP e a Vodafone, e pretende premiar “a melhor música consumida em Portugal”, como afirmou Paulo Carvalho, um dos responsáveis dos prémios, numa apresentação aos jornalistas no início de Março.

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