Estudantes acusados de usar iPhones falsos para enganar a Apple em 800 mil euros

Dois jovens chineses a estudar engenharia EUA usavam iPhones falsificados para accionar a garantia e receber modelos novos, que acabavam por ser vendidos na China.

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A Apple reconhece que há iPhones falsos que enganam os funcionários Reuters/Adnan Abidi

A Apple apresentou queixa na justiça contra dois jovens chineses, a quem acusa de terem burlado a empresa em 895,800 dólares (perto de 800 mil euros), no estado de Oregon, nos Estados Unidos. Os estudantes de Engenharia enviavam à fabricante iPhones contrafeitos, provenientes da China, inventando que estavam avariados para poderem ser reembolsados com um telemóvel genuíno do mesmo modelo.

Após receberem um iPhone novo, os dois jovens, Yangyang Zhou e Quan Jiang, tratavam de os vender a pessoas na China.

Advogados da Apple, citados pelo jornal The Guardian e pelo site de tecnologia Gizmodo, interceptaram movimentos da conta bancária da mãe de um dos estudantes, que enviava ao filho nos EUA o dinheiro dos iPhones vendidos. Além disso, o serviço fronteiriço norte-americano também suspeitou das várias encomendas a serem enviadas e recebidas pelos jovens.

Segundo um agente de segurança interna norte-americano, o esquema foi descoberto depois de 95 telefones terem sido enviados para a China. Em Março de 2018, a polícia efectuou buscas na casa de Quan Jiang e, após um interrogatório, descobriu que 300 dispositivos foram falsificados, bem como os manuais incluídos com os smartphones.

De acordo com a acusação, divulgada em Março, Jiang é responsável por crimes de tráfico de produtos falsificados e fraude electrónica, enquanto Yangyang Zhou é associado às práticas de falsidade sobre a documentação de exportação.

O advogado do primeiro jovem, que está em prisão domiciliária, apresentou recurso à justiça. Já o representante do outro estudante, apenas proibido de estabelecer contacto com funcionários da Apple, acredita que “o senhor Zhou será considerado inocente”. Ambos enfrentam sentenças entre os cinco e os dez anos de prisão.

A Apple anunciou que há vários iPhones forjados que podem levar os seus peritos a acreditar que são autênticos. Alguns aparelhos levaram à entrega de um modelo novo aos jovens, enquanto outros lhes foram devolvidos com garantia inválida pelos técnicos, apenas com a justificação de que os aparelhos tinham sido adulterados.

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