Preço das casas subiu 10,3% em 2018

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística durante o ano de 2018 mudaram de mãos 178.691 habitações, um volume de transacções que cresceu 16,6% face a 2017. Em valor, o crescimento foi de 24,4% e chegou aos 24,1 mil milhões de euros. Área Metropolitana de Lisboa concentrou 48% das transacções.

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Nuno Ferreira Santos

Durante o ano de 2018 foram vendidas em Portugal 178.691 casas, mais 16,6% do que o já de si muito dinâmico ano de 2017. Em termos de valor, o crescimento do volume de negócios foi ainda mais expressivo: cresceu 24,4% e os montantes transaccionados totalizaram 24,1 mil milhões de euros, um valor equivalente a 12% do PIB.

Estes foram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) que apurou o Índice de Preços de Habitação (IPHab ) referentes ao quarto trimestre de 2018. Como esperado, os dados confirmam a trajectória de crescimento em que tem vivido este sector: os preços da habitação aumentaram 10,3% em média anual e 9,3% no 4º trimestre de 2018. 

Os dados revelados pelo INE permitem perceber que durante o ano de 2018 o aumento médio anual dos preços continuou a acelerar mais nas habitações existentes (11,0%) do que nas habitações novas (7,5%). E que, pelo segundo ano consecutivo, a diferença no ritmo de crescimento dos preços de alojamentos existentes e novos se vai reduzindo, tendo passado de 4,8 pontos percentuais (p.p.) em 2017 para 3,5 pontos percentuais em 2018. E permitem, ainda, observar que a área metropolitana de Lisboa continua a concentrar quase metade das transacções realizadas, apesar de começar a perder terreno.

Se a área metropolitana de Lisboa pesa 48% no valor das transacções, no ano de 2018 ela começou, pela primeira vez desde 2013, a reduzir o seu peso no valor total das vendas de habitações. “Por seu turno, a região Norte, com uma quota relativa de 23,5%, atingiu a sua maior percentagem desde 2013 tendo sido, a par do Alentejo (+0,1 p.p.), as únicas a apresentar aumentos nos respectivos pesos relativos”, lê-se na informação divulgada pelo INE.

Durante o ano de 2018 foram transaccionadas 178.691 habitações, “o que constitui o registo mais elevado da série”, como sublinha o organismo de estatística. Tal número significa que se venderam mais 25.399 habitações em 2018, o que corresponde a um aumento de 16,6% face ao ano anterior.

Entre as 178.691 transacções realizadas – “o que constitui o registo mais elevado da série”, como sublinha o organismo de estatística – menos de 15% correspondem a alojamentos novos. De acordo com o INE, 85,2% diz respeito a alojamentos existentes, mais 0,7 p.p. que no ano anterior. “O crescimento do número de transacções de habitações existentes acima do registado nas habitações novas, de 17,5% e 11,6%, respectivamente, conduziu ao incremento do peso relativo da primeira categoria mencionada” sublinha o INE, que anota ainda o facto de este ser o terceiro ano consecutivo em que se reduziu a diferença no ritmo de crescimento do número de transacções entre os dois tipos de alojamentos.

O peso que o sector do imobiliário tem vindo a adquirir na economia nacional pode medir-se pelo volume das vendas que, em 2014, valeu 9,5 mil milhões de euros (valor equivalente a 5,5% do PIB) para passar aos 24,1 mil milhões de euros em 2018 (valor equivalente a 12,0% do PIB). Tal comportamento traduz um crescimento médio anual de 26,0%. Para o mesmo período, o número de transacções aumentou 20,7% em termos médios anuais.

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