Jogadora inglesa castigada por racismo rescinde com o clube

Sophie Jones abandonou o Sheffield United, em Inglaterra, por reproduzir sons de macaco a uma adversária do Tottenham.

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Sophie Jones era avançada no Sheffield United Sheffield United

A futebolista inglesa Sophie Jones deixou esta quarta-feira o Sheffield United, em Inglaterra, depois de ter sido punida pela Associação de Futebol de Inglaterra (FA) com cinco jogos de suspensão devido a atitudes racistas contra uma adversária, em partida frente ao Tottenham, no dia 6 de Janeiro.

Em comunicado, o clube disse que chegou a acordo com a jogadora depois de ter sido comprovado que Sophie fez “barulhos de macaco” para Renée Hector, defesa dos Spurs. Sophie Jones negou todas acusações até a FA ter concluído, numa investigação que durou quatro semanas, que a jogadora violou quatro normas éticas.

Sophie Jones fica cinco jogos sem jogar, vai pagar uma multa de 230 libras (232 euros) e será obrigada a marcar presença em workshops sobre inclusão e diversidade. 

O Sheffield United apoiou o castigo. “O clube trabalha em estreita colaboração com o EFL (a Liga), a FA e Kick it Out para não tolerar racismo ou qualquer forma de discriminação”, referiu.

A federação confirmou ainda que a proibição a Sophie Jones vai permanecer em vigor se a avançada assinar com outro clube no Reino Unido ou no estrangeiro.

A jogadora do Tottenham alvo dos insultos racistas avisou imediatamente o árbitro no relvado, que não tomou nenhuma medida disciplinar. Depois do jogo, Renée Hector recorreu às redes sociais para explicar o que tinha acontecido. “É uma pena que o racismo pareça estar a voltar a crescer no futebol — ouvi alguns sons de macaco de uma jogadora adversária”, escreveu no Twitter. “A minha única reacção foi deixar o futebol falar e o que fizemos em campo.”

Após a decisão da FA, a jogadora do Tottenham disse que “não há lugar para o racismo” no futebol. “Uma política de tolerância zero é imperativa para retirar isso do futebol, portanto, saúdo esta decisão”, salientou. “Ninguém deveria ser submetido a abusos racistas dentro e fora do campo e eu sentia a responsabilidade de explicá-lo pelo que era.”

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