Uma campanha para mostrar as marcas da gravidez: “São um lembrete bem-vindo”

São dez mães — orgulhosas — fotografadas em roupa interior para uma campanha da Mothercare. O objectivo? Mostrar imagens "autênticas e honestas" da "diversidade da maternidade". Porque as marcas existem e ficam no corpo. Há que amá-las ou, pelo menos, aceitá-las.

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Cicatrizes, estrias, aumento de peso. Dar à luz provoca (muitas) alterações nos corpos, ainda que as redes sociais de algumas celebridades possam fazer parecer que nos minutos a seguir ao parto já voltou tudo ao normal. Nem sempre é assim, por isso a Mothercare, marca de produtos para crianças e grávidas, lançou uma campanha publicitária, a Body Proud Mums, com fotografias de dez mulheres em roupa interior a segurar os filhos algumas semanas após terem sido mães. Imagens “autênticas e honestas”, que mostram a “diversidade da maternidade”. E muitas marcas.

A fotógrafa da campanha é a britânica Sophie Mayanne, autora do projecto Behind the Scars, que em 2017 anunciou que iria deixar de manipular corpos ou pele digitalmente. “Há muitos corpos marginalizados que não vemos representados nos média”, disse à CNN. E as imagens, que estão em mais de 30 estações de metro londrinas, querem desconstruir estereótipos e “celebrar o facto de as mulheres serem tão diferentes”, explicou Liz Day, consultora da empresa, citada no mesmo texto.

Nardy, 20 semanas pós-parto
Kesia, 17 semanas pós-parto
Chantelle, 11 semanas pós-parto
Sabra, 10 semanas pós-parto
Harriet, 26 semanas pós-parto
Sophia, 39 semanas pós-parto
Louise, 29 semanas pós-parto
Tesha, 26 semanas pós-parto
Tina, 27 semanas pós-parto
Elanor, 14 semanas pós-parto
Fotogaleria
Nardy, 20 semanas pós-parto

As fotos partilhadas nas redes sociais fazem-se acompanhar das histórias das modelos e do modo como elas viveram a gravidez. Sabra, fotografada dez semanas após o parto, confessa que se sentiu “envergonhada” e tentou esconder o corpo quando começou a sentir mudanças. Sophia, outra das modelos, refere que ficou “chocada” com as mudanças que o seu corpo sofreu e que foi difícil aceitá-las. Foi mãe de gémeas, que nasceram saudáveis. As “rugas na barriga”? “É o pequeno preço a pagar por estas duas lindas meninas.”

Histórias parecidas, conclusões ainda mais. Primeiro, a mudança a olhos vistos; depois a baixa auto-estima; segue-se a aceitação: “Nada é o mesmo e isso está ok!”, afirma Tesha, 26 semanas após ter dado a luz. A preocupação com as marcas é relativizada com a chegada das crianças. E até há quem aprenda a amá-las, como Chantelle: “São um lembrete bem-vindo da nossa viagem.”

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