Obras no mercado municipal de Famalicão podem arrancar já este Verão

Se tudo correr como o previsto, obra deverá arrancar no início do Verão e demorará um ano a transformar um antigo espaço degradado da cidade num mercado com “produtos inovadores e biológicos”.

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Obras vão durar cerca de um ano e obrigarão à criação de um espaço provisório para os comerciantes DR
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As obras de reabilitação do mercado municipal de Famalicão foram adjudicadas à empresa famalicense Famaconcret, por um valor próximo dos 3,4 milhões de euros. A proposta foi discutida e aprovada — com a abstenção do PS —​ na reunião do executivo municipal desta quinta-feira​ e terá ainda de ser apreciada em assembleia municipal. 

A remodelação do mercado municipal estava prevista arrancar ainda no ano passado, no entanto não houve interessados no primeiro concurso lançado pela autarquia, o que obrigou a autarquia a abrir um novo procedimento.

Está assim dado o primeiro passo para a renovação do mercado municipal de Famalicão num espaço onde, diz a autarquia, se manterão elementos do edifício projectado pelo arquitecto Júlio de Brito, em meados do século XX, com um interior coberto e com traços contemporâneos. 

“Queremos que o mercado volte a ser mercado: um ponto de encontro entre a oferta e a procura, mas também um espaço de convívio de várias gerações, de revivalismo para os mais velhos, porque no novo mercado, haverá espaço para o velho mercado”, disse o autarca, Paulo Cunha, há um ano, por altura da apresentação do projecto. 

Se tudo correr como o previsto, a obra poderá avançar no início do Verão, disse ao PÚBLICO fonte do gabinete do autarca, Paulo Cunha, sublinhando que o contrato terá ainda de ser submetido e aprovado pelo Tribunal de Contas.

De acordo com o projecto que foi desenhado pelo gabinete de projectos da autarquia, haverá esplanadas e espaços de restauração sujeitos a um regulamento para valorizarem os produtos vendidos no mercado — com foco na produção local.

A autarquia quer ainda tornar este mercado num espaço de trocas para comerciantes que apresentem “produtos inovadores e biológicos”, enquadrados na ideia de economia circular — produção e consumo em circuitos onde a reciclagem de um produto serve de matéria-prima para um próximo — e uma “cozinha laboratório”, como espaço de “sensibilização para a alimentação saudável”.

Ao PÚBLICO, a directora do Departamento de Ordenamento e Gestão Urbanística, Francisca Magalhães, adiantou, por ocasião da apresentação do projecto, que tanto o mercado como as praças terão “estacionamento requalificado em conjunto com espaços pedonais de usufruto público”, como passeios mais largos, e que a paragem para transportes públicos se vai aproximar do mercado.

A autarquia espera ainda que durante a obra, que deverá durar um ano, os lojistas possam manter a actividade, com eventuais interrupções numa semana ou outra, mas os comerciantes do mercado vão ter de sair dele e ser provisoriamente recolocados noutro espaço.

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