Ovar com 60 mil copos reutilizáveis para reduzir pegada ecológica no Carnaval

A autarquia de Ovar já está a implementar esta medida depois de muitos copos de plástico descartáveis terem chegado ao lixo ainda cheios.

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O novo "ecocopo" está disponível com duas imagens gráficas DR

A organização do Carnaval de Ovar revelou estar já a distribuir os 60 mil copos reutilizáveis que serão obrigatórios nos bares temporários licenciados para os principais cinco dias da festa, para reduzir a sua pegada ecológica em 80%.

A medida foi anunciada em Novembro de 2018 e obriga agora cerca de 30 estabelecimentos de restauração temporária — licenciados para funcionar no espaço público apenas entre a próxima sexta-feira e a chamada terça-feira gorda (Carnaval) — a disponibilizarem esse recipiente aos seus clientes em substituição dos copos plásticos de utilização única.

"Isto permite-nos falar de um Carnaval efectivamente sustentável, porque vamos reduzir a pegada ambiental do evento em 80%", afirmou à Lusa o vereador Alexandre Rosas, que assume a coordenação geral do Entrudo.

Segundo o autarca, na edição de 2018 os bares instalados nas ruas e praças do centro histórico de Ovar usaram 100 mil copos plásticos descartáveis e "todos eles foram para o lixo mal ficaram vazios".

Este ano, o novo "ecocopo" está disponível com duas imagens gráficas — uma alusiva ao cartaz específico do Carnaval de 2019 e outra com o símbolo geral do evento — e a expectativa da organização é que "o consumidor utilize sempre o mesmo recipiente de cada vez que vai pedir nova bebida e que, no final, até possa levar o copo para casa, para ir coleccionando os diferentes modelos".

Alexandre Rosas admite que haverá sempre alguns exemplares deixados para trás, mas acredita que, no final da festa, "só 400 a 500 copos ficarão abandonados". A autarquia investiu 15 mil euros na aquisição dos 60 mil copos e cada um desses recipientes foi depois vendido aos empresários "ao preço de custo" de 25 cêntimos.

"Depois o bar pode fazer como quiser, mas cada 'ecocopo' deverá ser vendido ao público a 50 cêntimos", explicou o vereador, que garante que a mudança está a ser bem acolhida, "de forma transversal" a toda a comunidade. "Os elogios à iniciativa são unânimes porque as pessoas estão cada vez mais sensíveis a estas questões ambientais e os proprietários dos bares também vêem nela uma nova oportunidade de negócio", concluiu.

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