Porto paga um milhão para dar transportes gratuitos aos jovens até 15 anos

Gratuitidade até aos 12 anos, que entra em vigor em Setembro, com apoio do estado, vai ser alargada no Porto mas também em Matosinhos e, eventualmente, na Maia.

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Paulo Pimenta

A Câmara do Porto anunciou esta sexta-feira que irá “implementar um sistema que permitirá aos seus residentes/estudantes até aos 15 anos não pagar qualquer valor quando se deslocarem em transporte público na cidade”. A medida, acrescentam numa nota na página da autarquia, entrará em vigor a partir de Setembro, altura em que se inicia um novo ano lectivo.

Esta decisão vai alargar, no Porto, a gratuitidade garantida, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), aos menores de 12 de toda a área metropolitana, que entrará em vigor também em Setembro. Segundo contas da câmara – que sublinha a sua aposta em “políticas de descarbonização” -, a medida tomada pela autarquia poderá abranger “cerca de oito mil jovens estudantes e terá um custo estimado de cerca de um milhão de euros”.

Esta sexta-feira a área metropolitana aprovou os passes de 30 euros, para deslocações num município ou entre municípios contíguos, e de 40 euros para o passe mensal metropolitano, e o executivo de Rui Moreira vê este conjunto de medidas como uma vantagem, nomeadamente na “componente de mobilidade” e também como promotoras de “estilos de vida mais sustentáveis, ambientalmente responsáveis e promotores da utilização do transporte público em detrimento da utilização do transporte individual”.

Na reunião do Conselho Metropolitano, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, anunciou que pretende, ainda este ano lectivo, seguir o exemplo do Porto e, mais, alargá-lo a todos os jovens de Matosinhos que estudem em escolas do concelho em todo o ensino obrigatório, não se ficando, assim, pelo limite de 15 anos. 

A medida de alargamento da gratuidade poderá também vir a ser seguida pela Maia, admitiu o respectivo presidente, Silva Tiago, que não especificou quando, e de que modo, o poderá fazer. Em contraponto, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, pediu alguma contenção neste tipo de iniciativas, "na medida do possível", para não aumentar as "desigualdades" entre habitantes dos vários municípios. Com Abel Coentrão

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