Sporting tentou ser heróico mas não conseguiu

“Leões” fora da Liga Europa após empate (1-1) com o Villarreal. Bruno Fernandes ainda equilibrou a eliminatória, mas expulsão de Jefferson deixou equipa de Keizer com menos um durante 40 minutos.

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O Sporting saiu da Liga Europa LUSA/DOMENECH CASTELLO
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Momento do jogo entre o Villarreal e o Sporting LUSA/DOMENECH CASTELLO
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Os festejos dos jogadores do Villarreal HEINO KALIS/Reuters
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Bruno Fernandes disputa a bola com um adversário HEINO KALIS/Reuters
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Bruno Fernandes em acção no El Madrigal LUSA/DOMENECH CASTELLO

O Sporting tentou ser heróico em Villarreal. Teve alguns candidatos a heróis, desde Bruno Fernandes, pelo golo que marcou, ou Salin, pela defesa que fez quando tinha dois adversários à sua frente. Infelizmente para os “leões”, faltou-lhes um herói que marcasse o golo para fazer a diferença e evitar a eliminação na Liga Europa. O empate (1-1) no jogo da segunda mão, no El Madrigal, foi insuficiente para anular a derrota (0-1) sofrida há uma semana, em Alvalade. A equipa conhecida como o “Submarino Amarelo” segue para os oitavos-de-final, o Sporting fica com o calendário mais aliviado, mas tudo poderia ser diferente se não tivesse dado um jogo de avanço ao seu adversário que luta pela manutenção no campeonato espanhol.

O que faltou ao Sporting para seguir em frente na Liga Europa? Na prática, um golo que lhe desse a reviravolta na eliminatória e uma vitória em Espanha que nunca conseguiu na sua história. Esse golo podia ter acontecido no terceiro dos quatro minutos do tempo de compensação, num cruzamento de Bruno Fernandes que foi ter com Bas Dost ao segundo poste, mas o holandês não conseguiu encaminhar a bola para dentro da baliza. Teria sido um golo épico ao qual o Villarreal dificilmente iria conseguir responder. Mas não houve qualquer heroísmo de última hora. Passou a equipa que foi melhor no conjunto dos dois jogos, ficou pelo caminho a equipa que só o foi verdadeiramente no segundo.

Foi com a sua nova identidade táctica que o Sporting se apresentou perante a equipa da Comunidade Valenciana e que tinha deixado excelente imagem alguns dias antes, frente ao Sp. Braga, com algumas diferenças – Salin na baliza e Jefferson no lugar de Acuña, expulso no jogo da primeira mão. O Villarreal parecia preparado para este novo perfil “leonino” – Javier Calleja, o treinador, estudou bem o vídeo do jogo – e procurou mais uma vez fazer estragos em transições rápidas, como tinha feito em Alvalade. Mas os “leões” aguentaram-se bem defensivamente, ao contrário do que costuma acontecer, sem, no entanto, conseguir levar o seu jogo até à baliza contrária.

Bruno Fernandes tinha, no entanto, uma opinião contrária. No último minuto da compensação na primeira parte, o capitão roubou uma bola mal dominada por Ramiro Funes Mori (irmão gémeo de Rogelio, antigo avançado do Benfica) e foi a correr com ela até à baliza. Bateu Andrés Fernandez e deixou o Sporting com a moral em cima e a eliminatória empatada, ainda com meio jogo pela frente.

E, logo no primeiro lance da segunda parte, foi Bruno a fazer um passe picado para Wendel não conseguir dominar frente ao guarda-redes do Villarreal. Era um bom sinal “leonino”, mas dois minutos depois os "leões" ficaram a jogar com menos um, com Pavel Kralovec a mostrar o segundo amarelo a Jefferson num lance com Gerard Moreno – o árbitro checo julgou o pisão do brasileiro como intencional embora não pareça ter sido esse o caso.

Não que o lateral-esquerdo estivesse a ser um elemento preponderante no Sporting (antes pelo contrário) mas o Sporting ficou mais limitado nas suas opções ofensivas. Mesmo assim, mostrou uma capacidade defensiva que ainda não se tinha visto com Kaizer. A equipa defendeu com competência perante o cerco do “Submarino Amarelo”, mas bastou uma hesitação aos 80’ para a eliminatória voltar ao controlo da equipa da casa. Cazorla teve espaço para manobrar, meteu em Ekambi, que, de primeira a ofereceu a Fornals, que empatou.

O Sporting ainda tinha dez minutos para ser heróico. Salin fez a tal defesa aos 87’ a remate de Ekambi, e, num último suspiro, Bruno Fernandes conseguiu arrancar um cruzamento quase perfeito. Quase…

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