Breakdance, escalada, surf e skate estarão nos Jogos Olímpicos?

A organização dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, convidou estas quatro modalidades para preencher o lote de desportos em competição. Falta agora a aprovação do Comité Olímpico Internacional.

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Actuação do bailarino Alan Silva de 2012, em Lisboa REUTERS/Rafael Marchante

O breakdance será um dos desportos convidados a integrar o calendário competitivo dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. O anúncio foi feito esta quinta-feira pela organização do evento na capital francesa, que também quer trazer à competição a escalada, o surf e o skate — modalidades que já estarão em Tóquio 2020.

"Queremos ligar-nos a desportos que são disputados em todo o mundo para darmos aos Jogos uma dimensão mais urbana, ligada à natureza, mais artística", anunciou o presidente do comité organizador, Tony Estanguet.

Por outro lado, o squash, os jogos de bilhar e o xadrez não foram aprovados, diz a BBC.

Os quatro "novos" desportos vão juntar-se aos 28 já previstos no programa, mas terão ainda de ser validados pelo Comité Olímpico Internacional (COI), em Dezembro de 2020. Antes, ainda no final deste ano, no caso do breakdance, irão estar reunidos alguns dos representantes nacionais destas modalidades numa cimeira em Praga, na República Checa.

Está marcado para 11 de Março, em Praga, na República Checa, um encontro convocado por um comité mundial para os Jogos Olímpicos. Max Oliveira, b-boy de 39 anos e chefe da equipa portuguesa Momentum Crew, sediada no Porto, que foi campeã do mundo em 2016 e em 2018, será um dos convidados. 

O nome da modalidade é uma de muitas questões a serem discutidas nessa cimeira tendo em conta a aprovação olímpica. "O que acontece é que nós, b-boys e b-girls [nome que se dá aos praticantes], chamamos à modalidade de breaking. Foi aprovado com a palavra breakdance." "Faremos tudo para que a modalidade venha a ser registada e tenha o seu espaço nos Jogos Olímpicos, com o respeito devido", garantiu Max Oliveira.

Com a promessa de trabalhar para Portugal estar "bem representado" agora e nas próximas gerações, o praticante assume que o "mais lógico é a criação de federações" para criar a "plataforma desportiva" que faltava ao breakdance. "Temos a plataforma artística, que coloca os praticantes nos palcos e em cena como artistas, e a plataforma cultural, que reúne todos os eventos que existem na cultura urbana, neste caso o hip-hop, onde desenvolvemos e competimos dentro de um elemento que é o breaking", explicou. Max Oliveira poderá ser a personalidade a assumir o cargo mais alto caso uma federação portuguesa seja criada para a agora considerada modalidade.

O breakdance, que esteve nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, em Buenos Aires, na Argentina, vai estrear-se nos Jogos em Paris em 2024, enquanto os outros três desportos já vão surgir como convidados em Tóquio 2020. A chegada do breakdance como modalidade, em França, "faz todo o sentido e é merecido", diz Max Oliveira. "É um dos principais motores competitivos do mundo. Tem diversas competições ao mais alto nível aos fins-de-semana. Organiza todo o tipo de eventos à escala mundial." Portugal acolhe competições igualmente internacionais pelo país com a The World Battle.

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