Os alemães "vão à caça” do alemão, e o "Barça" quer manter-se predador e não presa

O Liverpool, sem Van Dijk, recebe um Bayern Munique sem os craques Robben, Ribéry, Tolisso, Müller e Boateng e com muita juventude. Já o Barcelona é o favorito no embate com o Lyon.

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Treino do Bayern Munique antes do jogo com o Arsenal Reuters/LEE SMITH

Klopp. Bayern. Dois nomes que o futebol tem colocado frente a frente e que, nesta terça-feira, repetem um “zweikampf”, que é como quem diz um duelo à moda alemã. Na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, Liverpool e Bayern Munique defrontam-se numa fase em que ambas estão em “época de caça”: os ingleses chegam a este jogo poucos dias depois de terem sido “caçados” pelo Manchester City, na liderança da Liga inglesa, enquanto os alemães estão em “modo caçador”: três vitórias consecutivas colocaram-nos a “pisar os calos” ao intermitente Borussia Dortmund.

Em Anfield, no noroeste de Inglaterra, a equipa de Renato Sanches – que não é titular desde Novembro e tem, apenas, 11 minutos em 2019 – terá de caçar com “armas leves”, dado que vai a jogo sem o castigado Müller, os lesionados Robben, Boateng e Tolisso e o “recém-papá” Ribéry. Terá pela frente o finalista vencido da última Champions que ultrapassou eliminatórias fruto de bons jogos em casa (3-0 ao City e 5-2 à Roma). Apesar da força caseira, o Liverpool é comandado por um Jurgen Klopp que, frente aos “bávaros”, não tem um registo que impressione: nove vitórias em 30 jogos e uma final da Champions perdida para o Bayern, em 2013, ainda ao serviço do Dortmund.

O treinador alemão respondeu, ao seu estilo, à fase complicada do Liverpool, que recebe o Bayern cinco dias antes de ir a Old Trafford, na Liga Inglesa. Para Klopp, que tem Van Dijk de fora e Shaqiri e Lovren em dúvida, ainda não há escolhas a fazer entre Champions e campeonato. “Graças a Deus, não temos de fazer hoje essa escolha”, disparou, apesar de reconhecer que, “para os adeptos do Liverpool, o mais importante é o campeonato”. Já Jordan Henderson, capitão, é mais “guloso”: “se tiver de escolher… escolho ambas”.

Do outro lado, Niko Kovac reconhece que o jogo do último fim-de-semana, frente ao Augsburgo (um difícil 3-2), teve um travo a Liverpool. “Provavelmente, um ou dois de nós já estávamos a pensar no Liverpool. Não é bom, mas é humano”, justificou. As ausências de alguns craques fazem o Bayern viajar até Liverpool com muita juventude: Shabani, Jeong, Mai, Fruchtl e Awoudja somam, entre todos, apenas seis jogos pelo clube de Munique.

Semedo visita o “futuro de Herrera”

Mais a sul, no este de França, há Nélson Semedo frente a Anthony Lopes. O Barcelona visita um Olympique Lyon já fora do título francês, mas bem dentro da luta pelos lugares de Champions. Um Lyon que, pelas palavras do próprio presidente, o polémico Jean-Michel Aulas, interessa ao portista Héctor Herrera: “O Herrera e a família sonham vir para Lyon”.

Para já, ainda sem o capitão do FC Porto, o Lyon terá de contentar-se, frente ao poderoso catalão, com o craque Ndombele – por quem já terão recebido propostas acima de 50 milhões de euros – e com os conhecidos Anthony Lopes, internacional português, e Marçal, ex-Torreense, Nacional e Benfica.

O “Barça” chega aos “oitavos” da Champions como uma das equipas com mais pontos somados na fase de grupos (14, apenas ultrapassados pelos 16 do FC Porto) depois de ter terminado, frente ao Valladolid, uma sequência de três empates consecutivos (dois na Liga e um na Taça) e com Lionel Messi na berlinda: o argentino chegou aos 30 golos nesta temporada – registo que conseguiu nas últimas 11 temporadas –, mas falhou, nesse mesmo jogo, o segundo penálti nesta temporada. Ernesto Valverde mostra-se pouco preocupado: “Não, não estou nervoso com isso. O Léo [Messi] é uma aposta segura nos penáltis”.

A talhe de foice e como curiosidade, importa destacar que vão defrontar-se a equipa mais rematadora da prova, o "Barça", e a equipa que mais remates concede aos adversários, o Lyon. Espera-se um "vendaval ofensivo" catalão.

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