Quase 80 telemóveis, droga e até um alambique apreendidos na cadeia de Paços de Ferreira

Buscas durante a madrugada desta sexta-feira na prisão onde, no início do mês, reclusos filmaram em directo nas redes sociais festa de aniversário.

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paulo pimenta/Arquivo

Os Serviços Prisionais apreenderam 79 telemóveis, drogas e outros objectos proibidos no estabelecimento prisional de Paços de Ferreira, durante uma busca feita na madrugada desta sexta-feira numa das alas daquela cadeia, informa a Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, em comunicado. Esta acção acontece dias depois de ter sido divulgado um vídeo de telemóvel, que foi emitido em directo nas redes sociais, de uma festa naquela prisão.

Além dos quase 80 telemóveis, os serviços prisionais apreenderam, durante a busca, drogas (98 gramas do que se presume ser haxixe, 20 gramas provavelmente de heroína e 1 grama de cocaína) e tabaco (45 maços e outras seis caixa de cigarros avulso), bem como outros elementos proibidos: um passaporte, ampolas de anabolizantes, seringas, uma balança de precisão, dois pares de luvas de luta e até um alambique artesanal e dois baldes de fruta fermentada.

No início desta semana, foi divulgado um vídeo, feito com recurso a um telemóvel, de uma festa, presumivelmente o aniversário de um dos reclusos. Além de ter sido filmada com um objecto que está proibido dentro dos estabelecimentos prisionais, o momento foi emitido em directo nas redes sociais por alguns dos presos.

Após o encerramento geral desta quinta-feira, os Serviços Prisionais iniciaram a busca na Ala A do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, que se prolongou até às 5h30 desta sexta-feira. A acção envolveu envolveu cerca de uma centena de elementos do corpo da guarda prisional do estabelecimento prisional de Paços de Ferreira, dois esquadrões do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP) e elementos dois grupos cinotécnicos, com cães especializados na detecção de substância ilícitas.

“Esta acção decorreu sem que se tivesse verificado qualquer tipo de incidentes”, afirma, em comunicado, a Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais. Os reclusos em cuja posse foram apanhados os objectos e bens ilícitos “serão objecto do procedimento disciplinar e/ou criminal” previstos na lei, avança ainda aquela entidade.

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