Eles aproveitaram a estrada sem trânsito para desbundar

Acção nasceu de forma espontânea e mobilizou cerca de dezenas de pessoas. De bicicleta, patins, skate ou trotinete, todos ocuparam a rua de forma divertida.

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Adriano Miranda
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A convocatória foi lançada na véspera, através das redes sociais, com o título OcupáRua. Aproveitando o facto de a Rua do Clube dos Galitos, bem no centro de Aveiro, estar ainda fechada ao trânsito, houve quem tivesse a ideia de aproveitar “para curtir a rua sem carros e com um piso novo lisinho, excelente para patins, skates, trotinetes e bicicletas”.

A palavra espalhou-se e, à hora marcada, ao final da tarde desta quarta-feira, várias dezenas de pessoas disseram sim a “ocupar” a rua.

Adultos e crianças, algumas bem pequenas, como o Tomás, de dois anos e meio, aproveitaram a ocasião pouco comum. “Aqui, em Aveiro, é difícil conseguirmos fazer isto, eles a andarem de bicicleta e trotinete livremente”, destacou José Guerra, habitante de Aveiro que fez questão de levar os filhos, Tomás e João, para o OcupáRua.

Manifesta a esperança de que esta acção espontânea possa servir de inspiração para iniciativas regulares. “O ideal era fazer como em Lisboa, por exemplo, e cortar o trânsito numa rua ao domingo de manhã”, sugeriu.

Também Joana Ivónia, do grupo Ciclaveiro, expressou o desejo de que “esta acção possa culminar com um corte de rua ao trânsito num dia de fim-de-semana”.

A também dinamizadora do projecto Ciclo Expresso das Barrocas – que leva as crianças a pedalarem até à escola, acompanhadas de alguns pais – mostrou-se surpreendida, pela positiva, com a adesão a esta primeira acção OcupáRua. “Foi marcado em cima da hora, sem grande divulgação e mesmo assim temos aqui estas pessoas”, frisou. 

Num ano em que, conforme foi já anunciado, outras artérias do centro de Aveiro serão alvo de requalificação, o OcupáRua pode voltar a repetir-se. “Pode ser que sim”, admitiu Joana Ivónia.

Até lá, ficam as memórias de um final de tarde “a curtir” o novo pavimento da Rua do Clube dos Galitos, mesmo em frente ao canal principal da ria, e quase sem carros a circular – a circulação é permitida a moradores. 

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