Comité Paralímpico Internacional retira suspensão à Rússia

O organismo reconhece mudanças na estrutura russa, mas a retirada da suspensão será feita sob uma lista com 69 medidas preventivas.

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Logótipo do Comité Paralímpico Internacional visto de um hotel em Paris Gonzalo Fuentes/Reuters

O Comité Paralímpico Internacional vai retirar, "sob condições estritas", a suspensão imposta à Rússia em 2016, devido ao escândalo de doping institucionalizado no país, anunciou esta sexta-feira o organismo.

"Após 28 meses de suspensão, estamos convencidos que a suspensão não é necessária, porque a situação na Rússia mudou", justificou Andrew Parsons, presidente do Comité Paralímpico Internacional, em conferência de imprensa, em Bona, na Alemanha.

O dirigente explicou que no período da suspensão, o Comité Paralímpico Russo adoptou 69 medidas indispensáveis, razão pela qual irá levantar em 15 de Março a suspensão, com várias condicionantes.

A decisão surge já depois de a Agência Mundial Antidopagem (AMA) ter levantado a suspensão à agência russa, em Setembro de 2018.

Em 2016, o Comité Paralímpico tinha deixado claro que apenas retiraria a suspensão à Rússia se a AMA devolvesse a confiança à Agência Russa Antidopagem (RUSADA) e se a Rússia reconhecesse o relatório McLaren, que denunciou um esquema generalizado de doping no país, com conivência estatal.

O segundo pressuposto não chegou a ser cumprido, com Andrew Parsons a indicar que, "provavelmente, a Rússia não aceitará o relatório", mas que o comité paralímpico optou por um "caminho comum" com o organismo russo.

Em Fevereiro de 2018, o Comité Olímpico Internacional (COI) já tinha levantado a suspensão ao Comité Olímpico Russo (ROC), três dias após o final dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang.

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