Macedónia do Norte assina acordo de pré-adesão à NATO

Acordo com a Grécia para mudança de nome abre a possibilidade de integrar a Aliança Atlântica, uma ambição antiga.

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O ministro macedónio dos Negócios Estrangeiros, Nikola Dimitrov, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, congratularam-se pela assinatura do pré-acordo STEPHANIE LECOCQ/EPA

Os Estados da NATO e a República da Macedónia do Norte assinaram nesta quarta-feira um acordo de pré-adesão, abrindo caminho para o país dos Balcãs se tornar no 30.º membro da Aliança Atlântica.

Cada um dos países membros tem, agora, que ratificar o acordo, diz a emissora britânica BBC. 

​O progresso foi possível graças a um acordo entre a Grécia e Macedónia que causou problemas políticos em cada um dos vizinhos, mas depois do que pareceram verdadeiras corridas de obstáculos, os dois líderes conseguiram pôr mesmo fim a uma disputa com 27 anos, depois de a Macedónia se ter declarado independente da ex-Jugoslávia.

A Grécia aceitou o nome Macedónia do Norte, a Macedónia prometeu não reivindicar a cultura grega antiga da região de Alexandre, o Grande, e não reivindicar a zona grega da Macedónia, cuja capital é a segunda maior cidade do país, Salónica.

O ministro dos Negócios Estrangeiros Nikola Dimitrov avançou que o país vai alterar agora o seu nome "nos próximos dias". E notou que "isto não era inevitável, nem sequer era provável", elogiando os líderes dos dois lados que provaram "que o impossível podia afinal ser feito". 

O acordo abre o caminho também para um processo de adesão da Macedónia à União Europeia, que até agora esteve bloqueado pela Grécia. 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, descreveu o dia da assinatura como "histórico". 

A Grécia deverá ser, na próxima semana, o primeiro país da NATO a assinar a ratificação do protocolo.

Três outras ex-repúblicas jugoslavas — a Eslovénia, a Croácia e o Montenegro estão já na NATO, bem como outros pTrês outras ex-repúblicas jugoslavas — a Eslovénia, a Croácia e o Montenegro estão já na NATO, bem como outros países dos Balcãs que faziam parte do bloco soviético, Albânia, Bulgária e Roménia. A Rússia não vê com bons olhos este crescimento da Aliança Atlântica para Leste, que diz porem em causa a estabilidade regional.

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