"Políticos, pensem bem de que lado estão. Só há um lado, o de Juan Guaidó"

Em Aveiro, Lisboa, Porto e outras cidades, venezuelanos, por nascimento ou "do coração", responderam ao apelo do líder da oposição Juan Guaidó.

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Manifestação em Lisboa, na Praça do Comércio MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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O protesto foi organizado pela Venexos - Associação Civil de Venezuelanos MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O sistema de som chegou com quase hora e meia de atraso, mas isso não impediu que os participantes de um protesto contra Nicolás Maduro em Lisboa tenham pedido inúmeras vezes à comunidade internacional, com Portugal e a União Europeia à cabeça, para ajudarem a “acabar com um governo tirano e assassino”.

Na Praça do Comércio, em redor de uma grande bandeira venezuelana posta no chão, reuniram-se várias dezenas de pessoas com o lema “Quando o medo morre, nasce a liberdade” e todas as intervenções frisaram isso mesmo. “Falem, senhores! Estamos num país onde ninguém nos vai silenciar”, repetiu uma e outra vez um dos organizadores, incentivando os presentes a tomarem a palavra.

“Há 500 mil portugueses na Venezuela”, lembrou Manuel, que defendeu que é tempo de a União Europeia reconhecer Juan Guaidó como Presidente interino do país. “Por favor, precisamos de ajuda. Espero que neste momento tão complicado para o nosso país nos ajudem.”

Quando o megafone finalmente chegou, foi Christian Höhn, da organização, a vincar: “A Venezuela tem um Presidente que se chama Juan Guaidó. Ponto. Reconheçam-no já. Não é amanhã, não é daqui a 90 dias. Agora!”

O manifestante afirmou que existem em Portugal cerca de 12 mil venezuelanos e que muitos podem votar para a Assembleia da República. Por isso, deixou um recado aos partidos: “Senhores políticos, pensem bem de que lado estão, porque só há um lado – e esse é Juan Guaidó.”

Aveiro, Porto, Funchal

Este sábado houve manifestações pró-Guaidó em vários países e, em Portugal, as pessoas saíram à rua não só em Lisboa, mas também em cidades como Porto, Aveiro e Funchal. Na Madeira, mais de duas centenas de pessoas concentraram-se na Praça do Município, mostrando que “estão do lado” de Guaidó e solicitando que Portugal o reconheça.

“Hoje, a nível mundial, vão saber que estamos, 90% dos venezuelanos, do lado correcto da história, para alcançar a democracia e liberdade, é do lado de nosso Presidente realmente eleito, Juan Guaidó”, disse Aura Rodrigues da associação Venexos.

“Não é fácil para os venezuelanos traçar este caminho, mas vamos superar e falta pouco”, declarou, recordando que “durante a ditadura de Nicolás Maduro morreram cerca de 250 pessoas”, 45 das quais em 2019, além de pedir a liberdade de todos os presos políticos naquele país latino-americano.

Depois de ler o nome destas últimas 45 vítimas, os manifestantes observaram um minuto de silêncio e entoaram os hinos da Venezuela e de Portugal.

Em Aveiro, muitos vestidos com trajes de amarelo, vermelho e azul, outros simplesmente com chapéus tricolores, com as cores da bandeira venezuelana, juntaram-se no Rossio para responder ao apelo de Juan Guaidó.

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