Marta Soares recusa fraude nas refeições dos bombeiros

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) diz que refeições são validadas por comandantes distritais da Protecção Civil.

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Mario Lopes Pereira

Jaime Marta Soares recusa que haja fraude na atribuição de pagamentos por refeições de bombeiros. O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP) disse esta sexta-feira de manhã, em declarações à TSF, que não há irregularidades nesses pagamentos.

"Não aceito isso em circunstância nenhuma", disse o presidente da LBP. "Deixem os bombeiros em paz. São pessoas sérias, de bem", reiterou. Na conversa com a TSF, Jaime Marta Soares defendeu que se há dúvidas sobre esta questão, então o Estado deve assumir essa função.

Em causa está o resultado de uma investigação da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) ao incêndio de Mação de Julho de 2017, em que terão sido cobradas milhares de refeições, num valor superior ao número de bombeiros no terreno, tal como avançado pelo PÚBLICO na edição desta sexta-feira. Contudo, a IGAI diz que esta pode ser uma prática generalizada que merece ser alvo de uma auditoria e o Ministério da Administração Interna enviou este inquérito para o Ministério Público.

Para a IGAI houve “diversas discrepâncias” entre o número de refeições apresentadas para pagamento à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) pelos bombeiros e o número de operacionais que efectivamente estavam no terreno durante os incêndios de Mação de 2017. Ou seja, o número de refeições enviadas para cobrança é muito superior ao de bombeiros oficialmente no terreno. Uma situação que a IGAI considera assumir “contornos criminais” com “prejuízo para o Estado português”.

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