Frio extremo nos EUA já matou 12 pessoas. Temperaturas chegaram aos -41 graus

Os hospitais deram conta de uma enchente de pessoas, com queimaduras de frio e sintomas de hipotermia.

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Chicago, EUA EPA/KAMIL KRZACZYNSKI

As temperaturas extremamente frias – os termómetros chegaram aos -32 graus celsius em Chicago durante a noite desta quarta-feira – fizeram pelo menos oito mortos, avançam os meios de comunicação norte-americanos. A Reuters faz um balanço mais elevado: 12 mortos desde sábado.

O frio, exacerbado pelo vento, foi causado pelo deslocamento de um vórtice polar, uma corrente de ar que normalmente gira na estratosfera sobre o Pólo Norte, mas que se está a movimentar para Sul.

Na quarta-feira, os termómetros chegaram aos -41 graus celsius em Ponsford, Minnesota, a cidade mais fria, de acordo com a ABC News. As temperaturas baixas vão continuar nesta quinta-feira e os moradores dos estados do centro-oeste foram aconselhados a permanecer em casa.

O lago Michigan está congelado Stringer/Reuters
Lago Michigan, Illinois Social Media/Reuters
Lago Michigan em Chicago, Illinois Social Media/Reuters
Lago Michigan, Illinois Social Media/Reuters
Lago Michigan, Illinois Social Media/Reuters
Árvores cobertas de neve em Maryville, Tennessee Social Media/Reuters
Estrada coberta de neve em Saint Paul, Minnesota Social Media/Reuters
Pessoas empurram um carro preso na neve em Chicago, Illinois Social Media/Reuters
O James J. Versluis, um barco quebra-gelo no Lago Michigan em Chicago, Illinois Social Media/Reuters
Lago Michigan, Illinois Social Media/Reuters
Um acidente provocado pela tempestade em Grand Rapids, Michigan Social Media/Reuters
Lago Michigan, Illinois Social Media/Reuters
Um homem passeia junto ao rio congelado em Chicago Social Media/Reuters
Temperaturas negativas em Chicago, Illinois Stringer/Reuters
Os pombos protegem-se como podem, durante a tempestade de neve em Buffalo, Nova Iorque Lindsay DeDario/Reuters
A entrada para o City Hall coberta de neve em Buffalo, Nova Iorque Lindsay DeDario/Reuters
Universidade do Minnesota Eric Miller/Reuters
Buffalo, Nova Iorque Lindsay DeDario/Reuters
Camiões sobre a neve perto de Fargo, Dakota do Norte Social Media/Reuters
A tempestade de neve em Buffalo, Nova Iorque Lindsay DeDario/Reuters
Lago Michigan Reuters/SOCIAL MEDIA
Em Chicago, Illinois Reuters/STRINGER
No Lago Michigan LUSA/KAMIL KRZACZYNSKI
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O lago Michigan está congelado Stringer/Reuters

Acredita-se que o frio tenha provocado a morte de oito pessoas, entre elas um aluno da Universidade do Iowa, Gerald Belz, 18 anos, encontrado morto no campus, na quarta-feira, ou de um homem morto por um limpa-neves.

Os hospitais deram conta de uma enchente de pessoas, com queimaduras de frio e sintomas de hipotermia.

As autoridades instalaram abrigos em toda a zona afectada pelas temperaturas gélidas. Em Chicago, as esquadras da polícia abriram as portas a todos os que procuravam refúgio, escreve a Reuters. Cinco autocarros foram destacados para servir como centros de aquecimento móvel para os sem-abrigo e a polícia esteve a distribuir chapéus, gorros, casacos e cobertores.

Para além das oito pessoas mortas, também uma zebra morreu numa quinta privada no estado do Indiana.

Centenas de voos foram cancelados nos aeroportos em Chicago. Na mesma cidade, alguns comboios foram suspensos e ateou-se fogo às linhas para as conservar. As visitas à prisão do condado de Stearns, no Minnesota, foram suspensas, assim como a recolha do lixo. Os correios norte-americanos não estão a fazer entregas nos pontos mais frios das Dacotas e até Ohio. Os restaurantes, museus e lojas estiveram fechados durante a quarta-feira.

Não há previsão de subida das temperaturas nas próximas 24 horas – as temperaturas acima de zero só vão chegar no fim-de-semana, altura em que Chicago chega aos quatro graus. Em fim-de-semana de Super Bowl, a cidade que acolhe o evento, Atlanta, vai chegar aos 16 graus celsius.

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As temperaturas, apesar de frias, são resultado do aquecimento global, ao contrário do que afirmou Trump na terça-feira. De acordo as investigações científicas mais recentes, o aquecimento dos pólos pode estar a puxar as massas de ar polar para Sul.

Para além disso, e apesar de nem todos os episódios meteorológicos extremos poderem ser ligados ao aquecimento global, as mudanças à superfície da Terra aumentaram as “probabilidades de um grande número de episódios extremos”, disse Friederike Otto, cientista na universidade de Oxford, ao New York Times.

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