Já pode viajar nos transportes de Lisboa e pagar depois

Serviço chama-se Viva Go e quer facilitar a vida a quem viaja ocasionalmente nos transportes da Grande Lisboa. Vai poder-se viajar e pagar depois na Carris, CP, Fertagus, Metro de Lisboa, Metro Transportes do Sul, Transtejo e Soflusa.

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fabio augusto/Arquivo

A partir desta terça-feira, será possível viajar nos transportes da Grande Lisboa sem ser preciso carregar previamente o título de transporte. Para isso, é necessário ter um Cartão Lisboa Viva e associá-lo a um cartão multibanco. Desta forma, basta entrar, por exemplo, num autocarro da Carris, validar e o valor da viagem será depois debitado directamente na conta bancária do utilizador. Deixa-se assim de ter a preocupação de ter ou não o cartão carregado e evitam-se as filas nas bilheteiras. 

O serviço chama-se Viva Go e, além da Carris, esta opção de pagamento poderá ser utilizada na CP, Fertagus, Metropolitano de Lisboa, Metro Transportes do Sul Transtejo e Soflusa

Para isso, é necessário ter um Cartão Lisboa Viva — os que têm chip — e dirigir-se a uma caixa multibanco para associar o cartão bancário ao cartão de transporte. Basta escolher a opção Pagamentos e Outros Serviços — Transportes — Viva Go e autorizar a associação do cartão.

Num mesmo cartão Lisboa VIVA, pode coexistir esta modalidade Viva Go, para as viagens ocasionais, com os habituais passes ou zapping carregados. O que significa que o Viva Go apenas funcionará como alternativa sempre que não existam outros contratos tarifários válidos no tempo e no espaço pretendido. Mas a viagem sairá mais barata do que se fosse comprada a bordo já que os bilhetes do Viva Go terão preços semelhantes aos praticados nos carregamentos com excepção da Carris, uma vez que em vez de 1,50 euros custará 1,35. No Metro, a viagem custará 1,50, no Metro Sul do Tejo 0,85​ e para ir de Cacilhas ao Cais do Sodré serão cobrados 1,30. O tarifário pode ser consultado no Portal Viva.

O serviço VIVA Go foi lançado esta terça-feira, no Museu da Carris, em Lisboa, e nasceu de uma parceria entre a OTLIS (a empresa que gere os transportes na região) e a SIBS (a gestora da rede Multibanco). Para já, este serviço pode ser utilizado em sete operadores, no entanto poderá ser alargado às restantes empresas de transportes da Grande Lisboa uma vez que a OTLIS reúne 27 operadores.

De acordo com o presidente do conselho de administração da OTLIS, Tiago Farias, existem actualmente dois milhões de cartões Lisboa VIVA em circulação. Por ano, são emitidos 300 mil cartões Viva (passes) e a empresa vende mais de 14 milhões de cartões Viva Viagem, sendo que o sistema Viva regista cerca de 60 milhões de transacções e 700 milhões de validações. 

É uma medida para tentar promover o uso de transporte público na Grande Lisboa e que tenta responder sobretudo aos constrangimentos dos utilizadores que só os utilizam de vez em quando. Segundo disse o vereador da Mobilidade da câmara de Lisboa, estes passageiros ocasionais são "a maioria" das pessoas que andam de transportes públicos na cidade.

Miguel Gaspar sublinhou ainda que esta medida acompanha o processo de simplificação de bilhética que está em curso com a entrada em vigor do passe único da Área Metropolitana de Lisboa, que custará 40 euros a partir de Abril. 

O autarca lembrou também o plano de “mais de 100 milhões de euros” para renovação da frota da Carris com a compra de 300 autocarros e ainda o lançamento do concurso público para a compra que eléctricos que permitirá “mais do que duplicar” o número de veículos que circulam actualmente pela cidade. “Sem o sistema de transportes públicos a funcionar bem, não há uma alternativa de mobilidade em Lisboa”, notou Miguel Gaspar. 

Para o vereador, o futuro passará ainda por soluções de bilhética através de aplicações móveis. Na Área Metropolitana do Porto, isso já acontece. Em Junho do ano passado, foi disponibilizada a aplicação Anda, que permite viajar nos transportes de toda a rede Andante, dispensando os tradicionais cartões. Com a aplicação activada, basta ao utilizador entrar no veículo e aproximar o telemóvel dos validadores. No fim da viagem, a saída é contabilizada. 

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