Técnicos de diagnóstico marcam "grande manifestação" para Fevereiro

Em causa o diploma aprovado pelo Governo que define a remuneração da carreira. Sindicato vai pedir audições aos partidos.

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Nuno Ferreira Santos

Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica decidiram fazer "uma grande manifestação" em Lisboa em Fevereiro, para protestar contra o diploma aprovado pelo Governo no último Conselho de Ministros e que define o regime remuneratório da carreira.

A decisão foi tomada esta segunda-feira em plenário, numa iniciativa do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STDT), tendo ficado por marcar outras formas de luta, como greves, disse o vice-presidente do sindicato. Fernando Zorro disse à Lusa, após o plenário, que os trabalhadores decidiram também pedir audiências aos grupos parlamentares, pedido que será enviado já na terça-feira, e que também já pediram uma audiência ao Presidente da República.

O responsável adiantou que o sindicato quer renegociar com o Governo o diploma, aprovado em 24 de Janeiro e que estabeleceu o regime remuneratório aplicável à carreira especial de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica, bem como as regras de transição dos trabalhadores para esta carreira.

"Com este diploma, 90% dos trabalhadores vão para a base da carreira, ou seja, uma pessoa que comece a trabalhar no dia 1 de Janeiro fica na mesma posição salarial que alguém que trabalha há 20 anos", disse, adiantando que num universo entre oito a nove mil profissionais "apenas 257 ficam numa posição intermédia e ninguém fica numa posição de topo".

"Todo o passado profissional é apagado. Há profissionais com 15 e 20 anos de serviço que vão receber 1201 euros, o mesmo que um profissional que entrou no dia 1 de Janeiro", criticou Fernando Zorro.

O responsável também disse que, já que o diploma tem de ser promulgado pelo Presidente da República, o sindicato espera que Marcelo Rebelo de Sousa "vete o diploma ou então aconselhe o Governo a voltar às negociações com os sindicatos". Na semana passada o STDT já dizia que a proposta aprovada em Conselho de Ministros era inconstitucional e que ia pedir a intervenção do Presidente.

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