Grécia prepara aumento de 11% no salário mínimo

Depois de corte de 22% durante a presença da troika, governo grego pretende aumentar o salário mínimo para 650 euros.

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Reuters/COSTAS BALTAS

O governo grego prepara-se para avançar com um aumento de 11% do salário mínimo praticado no país, revelou esta segunda-feira o primeiro-ministro, Alexis Tsipras.

O salário mínimo, que durante a permanência da troika no país foi fortemente reduzido, deverá, caso a proposta do Governo venha a ser aprovada no Parlamento, passar dos 586 euros actuais para 650 euros. De igual modo, o Executivo grego pretende que deixe de existir um valor específico (que era mais baixo) para os trabalhadores com menos de 25 anos.

A proposta do Governo surge após um período de negociações com os sindicatos e entidades patronais.

Em 2012, dois anos depois do primeiro programa de resgate aplicado pela troika na Grécia, o salário mínimo do país foi cortado em 22% para os 586 euros actuais. Foi igualmente criado um salário mínimo mais baixo para os menores de 25 anos, uma medida justificada com a necessidade de incentivar a criação de empregos numa economia que entrou, a partir de 2010, em colapso. Durante todo o período de tempo em que a Grécia esteve consecutivamente sujeita a programas de ajustamento, o valor dos salários mínimos não foi alterado.

Actualmente, a economia grega está a apresentar resultados mais favoráveis, antecipando-se um crescimento económico de 2,5% no decorrer deste ano. No entanto, a taxa de desemprego encontra-se ainda nos 19,6% (resultado de 2018). Para este ano, o indicador poderá descer para os 18,2%.

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