Fake news motivam Ministério da Educação a garantir formação sobre literacia nos media

Numa altura em que “o poder das redes sociais emerge, é urgente formar cidadãos informados, conscientes e participativos”, diz nota do ME. Projecto-piloto começa neste sábado em escolas de Faro, Évora, Lisboa, Águeda e Porto.

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Ideia de uma formação para professores surgiu no Congresso dos Jornalistas em 2017 Paulo Pimenta

O Ministério da Educação (ME) e o Sindicato dos Jornalistas (SJ) vão assinar este sábado um protocolo para dar formação na área dos meios de comunicação social a professores. A formação responde à “urgência de formar cidadãos informados”, num tempo que as fake news (notícias falsas) estão na ordem do dia, indica o ME numa nota enviada esta sexta-feira à comunicação social. E pretende chegar às gerações mais novas através da escola.

Numa altura em que “o poder das redes sociais emerge, é urgente formar cidadãos informados, conscientes e participativos para o futuro colectivo”, diz a nota. O objectivo, explica, é desenvolver mais competências “de professores, e por conseguinte, de alunos” em “matérias de consumo informado e crítico dos conteúdos difundidos pelos meios de comunicação social”. E disponibilizar aos professores metodologias, recursos e ferramentas que poderão usar nas actividades de Literacia dos Media em contexto de sala de aula.

A ideia de uma formação em “Literacia dos Media e Jornalismo: práticas pedagógicas com os media e acerca dos media” surge pela primeira vez no 4.º Congresso de Jornalistas Portugueses, em 2017, que ganhou forma, depois de apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas ao Ministério da Educação.

A formação, que será dada por jornalistas e académicos especialistas na área do jornalismo, terá em conta “a pertinência, adequação e complemento da mesma ao trabalho já desenvolvido nas escolas, nomeadamente no âmbito da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania”, acrescenta o ME.

O projecto-piloto, com início marcado para este sábado, 26 de Janeiro, envolve cerca de 40 agrupamentos e 100 professores, que serão formados por um grupo de 10 jornalistas e académicos. Abrangidos nesta formação inédita estão professores do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário já ligados a projectos de media nas escolas e professores bibliotecários em cinco regiões do país – Faro, Évora, Lisboa, Águeda e Porto.

Notícia corrigida às 17h25 substitui “assinaram” por “vão assinar" 

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