Seis bispos e 300 jovens portugueses vão ao Panamá para jornadas da juventude

Marcelo Rebelo de Sousa também vai ao Panamá. No regresso, poderá trazer a confirmação de que as jornadas mundiais serão em solo português, em 2022.

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Cinco anos depois da sua passagem por Fátima, Papa poderá voltar a Portugal em 2022 Paulo Pimenta

As Jornadas Mundiais de Juventude, que decorrem de terça-feira, dia 22, até 27 de Janeiro, domingo, no Panamá, e que contam com a presença do Papa Francisco, reúnem milhares de jovens, entre os quais cerca de 300 portugueses, além do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo deverá permanecer no Panamá entre os dias 25 e 27 de Janeiro, a convite do seu homólogo panamiano Juan Carlos Varela, e prevê-se que, no regresso, traga a confirmação de que a próxima edição desta iniciativa, prevista para 2022, se realizará em Portugal.

Será, a confirmarem-se as expectativas, pretexto para mais uma deslocação do Papa a Portugal, cinco anos depois de o chefe da Igreja ter passado por Fátima, em 2017. Terá sido nesse ano, de resto, que o pedido para esta nova deslocação foi oficializado por D. Manuel Clemente.

Esta manhã, antes de embarcar, o cardeal-patriarca confirmou que espera que Lisboa seja anunciada como a organizadora da próxima edição destas jornadas. "Lisboa manifestou a sua disponibilidade, o processo seguiu e espero que tenha uma feliz conclusão que, depois, nos vai envolver intensamente durante três anos, na preparação para um acontecimento irrepetível", declarou, citado pela Rádio Renascença

Cerca de 200 mil jovens, de 155 países

Na edição que se inicia esta terça-feira, as jornadas mundiais deverão atrair cerca de 200 mil jovens provenientes de 155 países, segundo a organização. E, além dos 300 jovens portugueses, provenientes de 12 dioceses, e do cardeal-patriarca de Lisboa, a delegação portuguesa inclui cinco outros bispos: D. Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família e bispo auxiliar de Lisboa, e D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, D. Manuel Felício e D. Virgílio Antunes, bispos da Guarda e de Coimbra, respectivamente, e D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga.

A escultura da "Virgem Peregrina de Fátima" datada de 1947 seguiu também já para o Panamá, para estar presente nestas jornadas mundiais. Entre 1947 e 2003, ano em que foi entronizada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, a escultura "viajou" cerca de 630 mil quilómetros através de cinco continentes, aproximadamente 15 voltas ao mundo.

A escultura, que não sai de Portugal desde o ano 2000, foi talhada segundo indicações da Irmã Lúcia. E a Igreja do Panamá já recebeu autorização do Vaticano para que os fiéis possam obter o perdão diante desta imagem, desde que se confessem, participem na eucaristia, comunguem e rezem "pelas intenções" do Papa Francisco. 

Numa mensagem a propósito deste evento, o Papa desafiou os jovens que participam nestas jornadas a superar todo o tipo de diferenças culturais, económicas ou sociais. Do programa da visita papal, refira-se, consta um encontro com os jovens presos no centro de menores "Las Garças", em Pacora, uma cidade a cerca de 45 quilómetros da cidade do Panamá, no dia 25 de Janeiro. 

As Jornadas Mundiais da Juventude são um primeiro momento de encontro global dos jovens após o sínodo dos bispos que lhes foi dedicado, em Outubro de 2018, e no qual foi reforçada a necessidade de a Igreja continuar a caminhar com os jovens.

Celebradas todos os anos ao nível diocesano e com um intervalo periódico de dois ou três anos, em diferentes partes do mundo, estas jornadas foram criadas pelo Papa João Paulo II, em 1985.

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