Centeno diz que abrandamento económico requer “resposta rápida”

O FMI baixou as suas estimativas para a economia mundial, piorando igualmente a sua previsão para a zona euro, em 2019

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Reuters/ERIC VIDAL

O presidente do Eurogrupo defendeu hoje que o abrandamento da economia mundial, segundo as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) hoje conhecidas, deve fazer “os decisores políticos pensar” sobre os “riscos e as incertezas” que o originaram.

“É uma questão que nos deve fazer a todos pensar, enquanto decisores políticos, as razões para esse abrandamento”, declarou Mário Centeno, falando à entrada para a reunião do Eurogrupo, instituição que preside, em Bruxelas.

A seu ver, “esse abrandamento deve-se, em grande medida, aos riscos e às incertezas que se foram acumulando ao longo dos últimos meses, nalguns casos até anos”.

“Esses riscos são de natureza política e, portanto, está nas mãos de quem tem o poder de tomar decisões políticas de tornar claro o caminho para as nossas economias, para as nossas sociedades e, portanto, devemos todos estar atentos a essa situação e ter uma resposta rápida para ela”, sublinhou o também ministro português das Finanças.

O FMI baixou as suas estimativas para a economia mundial, prevendo que cresça 3,5% em 2019 e 3,6% em 2020, menos 0,2 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente, face às previsões anteriores.

As novas estimativas constam da actualização ao ‘World Economic Outlook’ (WEO), relatório com previsões económicas mundiais, divulgado hoje.

No que toca à zona euro, o FMI também piorou a estimativa de crescimento para este ano, prevendo agora um avanço de 1,6% em 2019, tendo também baixado a previsão para 2018.

Na actualização ao WEO, o FMI antecipa agora que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro cresça menos 0,3 pontos percentuais em 2019 do que o previsto em Outubro.

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