Santuário rupestre na Póvoa de Lanhoso vai ser sítio de interesse público

O Santuário Rupestre de Garfe está implantado num afloramento granítico de forma tendencialmente circular e superfície arredondada, apresentando no topo três tanques escavados.

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Município da Póvoa do Lanhoso

A Direcção-Geral do Património Cultural vai propor à ministra da Cultura, Graça Fonseca, a classificação do Santuário Rupestre de Garfe, na Póvoa do Lanhoso, como sítio de interesse público, foi anunciado nesta quarta-feira.

Em anúncio publicado em Diário da República, esta quarta-feira, a directora-geral do Património Cultural, Paula Silva, refere que a proposta de classificação se fundamenta em parecer da Secção do Património Arquitectónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura.

A proposta está em consulta pública durante um mês, devendo os interessados apresentar as suas sugestões ou reclamações junto da Direcção Regional de Cultura do Norte.

Segundo uma publicação na página do município da Póvoa de Lanhoso, o Santuário Rupestre de Garfe está implantado num afloramento granítico de forma tendencialmente circular e superfície arredondada, apresentando no topo três tanques escavados. "Estão orientados no sentido este-oeste, numa clara alusão ao nascimento - morte", refere. 

O acesso aos tanques é facilitado por um carreiro perceptível pelo desgaste no afloramento. Na envolvente, são perceptíveis entalhes e outras estruturas e sepulturas escavadas nas rochas, sugerindo um santuário maior e mais complexo.

"Apesar de ainda não terem sido efectuadas intervenções arqueológicas para aferir a sua funcionalidade e cronologia, pelo material cerâmico disperso na envolvente e por comparação com o santuário rupestre de Panóias, em Vila Real, tem-se atribuído a sua edificação ao período romano", acrescenta a publicação.

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