Andy Murray vai dar tudo para voltar

Escocês foi afastado do Open da Austrália, mas não fecha a porta a um regresso ao activo depois da operação.

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LUSA/MARK DADSWELL

Terá sido o 854.º encontro de Andy Murray no circuito profissional o último da sua carreira? Depois do anúncio da reforma iminente devido à crónica lesão na anca e da eliminação no Open da Austrália, as dúvidas mantêm-se, já que o britânico vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para não se despedir do ténis em Julho e voltar a competir em Melbourne.

“Talvez vos veja outra vez. Vou fazer todos os possíveis para tentar. Se quiser jogar outra vez, preciso de uma grande operação, que não dá garantias de poder voltar, mas vou dar o meu melhor”, assegurou Murray, após sair sob ovação da Melbourne Arena, ao perder com o espanhol Roberto Bautista Agut (24.º), por 6-4, 6-4, 6-7 (5/7), 6-7 (4/7) e 6-2.

No início do encontro de quatro horas, o escocês de 31 anos sentiu dificuldades, mas aproximou-se do seu melhor nos terceiro e quarto sets, para gáudio dos cerca de 10 mil adeptos que o apoiaram incondicionalmente. “Se este foi o meu último encontro, foi uma maneira fantástica de terminar. Dei tudo o que tinha, mas esta noite não foi suficiente”, resumiu Murray, que chegou ao Open com dois encontros realizados (há duas semanas) desde Setembro.

Kyle Edmund (14.º), semifinalista no ano passado, foi eliminado por Tomas Berdych (6-3, 6-0 e 7-5), mas o britânico não foi o único cabeça de série afastado. John Isner (10.º) perdeu pela primeira vez com um compatriota no Grand Slam — Reilly Opelka (87.º) impôs-se por 7-6 (7/4), 7-6 (8/6), 6-7 (7/4) e 7-6 (7/5).

Rafael Nadal, Roger Federer, Marin Cilic, Angelique Kerber, Caroline Wozniacki, Petra Kvitova e Maria Sharapova venceram sem ceder qualquer set, enquanto Pedro Sousa (103.º) não conseguiu contrariar o estado de graça do australiano Alex de Minaur (29.º), cometeu 41 erros não forçados e perdeu por 6-4, 7-5 e 6-4.

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