O pior festival de música do mundo origina documentário no Netlifx

Organização prometeu festa de luxo numa ilha paradisíaca, mas festivaleiros encontraram acampamento sem luz e água. Documentário tem estreia global no dia 18.

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Organizadores prometeram festival de luxo mas não conseguiram cumprir Reuters/MARK MAKELA

O Netlifx pegou na história do Fyre Festival e fez dela um documentário, que terá estreia global a 18 de Janeiro. Fyre — The Grea​test Party that Never Happened conta os acontecimentos que transformaram aquele que prometia ser um luxuoso evento de música no paradisíaco cenário das Bahamas num “desastre” que resultou em seis anos de prisão para Billy McFarland, o mentor do festival. O acontecimento teve lugar em Abril de 2017 e ainda está bem vivo nas memórias dos viajantes lesados e dos comerciantes locais, que esperavam fazer bom negócio com os festivaleiros.

A ideia era simples: Billy, empreendedor, entrou em contacto com o rapper Ja Rule, com o objectivo de criar o mais grandioso festival de música de todos os tempos. O primeiro passo foi levantar a expectativa para o evento. Para isso, contratou os maiores influenciadores digitais que, pagos a peso de ouro, promoveram o evento. As modelos Kendall Jenner e Bella Hadid foram algumas das celebridades escolhidas pela equipa do Fyre Festival, que prometia artistas como Drake, Major Lazer e Migos. A organização ambicionava tornar o evento uma referência no roteiro dos festivais musicais, à semelhança de Coachella e Tomorrowland.

Os mentores do festival reuniram empréstimos avultados que, ainda assim, não foram suficientes para cobrir os custos com os cachets dos artistas, o alojamento e a alimentação. Apesar de saberem que o festival estaria condenado ao desastre — e “vergados” pelos empréstimos usados para pagar a publicidade —, os organizadores mantiveram o silêncio e não alertaram para as más condições do festival.

Os festivaleiros — que pagaram preços superiores a mil euros por pessoa — encontraram um cenário desolador: um acampamento sem luz e sem comida, com tendas enlameadas e encharcadas. William Needham Finley IV, utilizador do Twitter, foi mostrando ao mundo exterior o que se ia passando no festival, que se desculpou com a “falta de experiência” da organização.

Várias pessoas ficaram presas na ilha, sem voo de regresso. Os seus testemunhos foram agora compilados neste documentário que chega já no dia 18.

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