Paula Teixeira da Cruz e Teresa Morais apoiam Montenegro

Luís Montenegro ganha apoios no grupo parlamentar.

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Paula Teixeira da Cruz foi ministra da Justiça de Passos Coelho Enric Vives-Rubio
Teresa Morais foi vice de Passos Coelho
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Teresa Morais foi vice de Passos Coelho Miguel Manso

As deputadas do PSD Paula Teixeira da Cruz, ex-ministra da Justiça, e Teresa Morais, ex-secretária de Estado, ambas no Governo de Passos Coelho, assumiram esta sexta-feira que apoiam Luís Montenegro para a liderança do PSD.

Paula Teixeira da Cruz comparou a situação da actual direcção do PSD a “um carro a ir contra uma parede”, e assegurou que apoiará Luís Montenegro numa eventual disputa eleitoral antecipada.

Em declarações aos jornalistas, a deputada social-democrata considerou “perfeitamente normal” que um militante que discorde do rumo da direcção se possa apresentar como alternativa.

“Estes processos devem ser encarados com total normalidade tanto mais que estão estatutariamente previstos, não se pode falar num processo anómalo”, disse.

Questionada se entende que a mudança de liderança no PSD é urgente, Teixeira da Cruz respondeu: “Quando vemos um carro ir contra uma parede, é melhor pôr o pé no travão do que ter de o consertar, se ele ainda tiver conserto”.

À pergunta se Luís Montenegro, que hoje fará uma conferência de imprensa para se anunciar como alternativa a Rui Rio, será o melhor ‘condutor’ do partido, Teixeira da Cruz respondeu afirmativamente.

“Só posso falar por mim, e se me perguntam se apoiarei o dr. Luís Montenegro, com certeza que sim”, afirmou.Teresa Morais defendeu esta ser necessária "uma clarificação" no partido e responsabilizou uma direcção que "dividiu" pelos problemas internos, considerando que Luís Montenegro reúne condições para se assumir como alternativa.

"O que está em cima da mesa é necessidade de clarificar um caminho que está a desagradar a uma esmagadora maioria de militantes", afirmou a antiga governante, em declarações aos jornalistas no parlamento.

Teresa Morais considerou não ser possível que essa clarificação seja feita com a actual direcção, depois de o presidente do PSD, Rui Rio, ter dito recentemente que não tencionava mudar de estratégia. "Se a estratégia não deu resultado, provavelmente alguma outra coisa vai ter de mudar", defendeu.

Para Teresa Morais, o caminho que foi feito, até agora, pela actual direcção foi de "hostilização do grupo parlamentar e de desunião". "Preferiram cindir, preferiram dividir, desagregar, perseguir, de certa forma isto é o resultado desse caminho. Do meu ponto de vista, a responsabilidade da situação que foi criada é da direcção", afirmou, considerando que "a ninguém passaria pela cabeça" questionar uma direcção que tivesse conseguido unir o partido.

Questionada se Luís Montenegro, que hoje dá uma conferência de imprensa na qual deverá anunciar a sua disponibilidade de se candidatar a líder e pedir eleições antecipadas, tem as melhores condições, Teresa Morais respondeu afirmativamente.

"De todas as pessoas que têm legitimidade para apresentar-se não estão todas nas mesmas condições, e há quem tenha manifestamente melhores condições. Do meu ponto de vista, Luís Montenegro tem essas condições", defendeu.

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