Surto de sarampo na Madeira teve três casos

Desde Novembro, houve três surtos distintos de sarampo, com 37 casos confirmados laboratorialmente. Houve ainda cinco casos isolados, que estão a ser investigados.

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Adelaide Carneiro

O surto de sarampo na Madeira, no final do ano passado, infectou três pessoas, confirmou a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Para evitar a propagação da doença, foram monitorizadas quase “700 pessoas”, segundo o secretário regional da Saúde da Madeira, Pedro Ramos.

Os casos reportam ao final do ano passado e os infectados já tiveram alta. A 24 de Dezembro, o Instituto de Administração da Saúde da Madeira deu conta de dois casos confirmados laboratorialmente na região autónoma, duas mulheres, que se encontravam estão internadas com um quadro clínico estável.

A operação na região obrigou "à monitorização e acompanhamento de quase 700 pessoas", afirmou Pedro Ramos, citado pela agência Lusa. O governante falava numa iniciativa sobre sarampo para explicar o que foi feito para travar a doença na região.

Este foi o último de três surtos de sarampo detectados pelas autoridades da Saúde desde Novembro de 2018, depois dos surtos de Cascais (com 24 casos confirmados e dois prováveis) e Oeiras (cinco casos confirmados). No total, entre o dia 8 de Novembro até às 16h desta quinta-feira, 37 casos foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Nesse período, outros 46 casos revelaram-se negativos, dá conta o comunicado da DGS que esta sexta-feira actualiza a situação dos casos de sarampo em Portugal.

A origem do surto da Madeira está a ser investigada. Sabe-se que os outros dois foram importados: o de Cascais tem origem no caso da Ucrânia, o de Oeiras da República Checa.

Nestes dois meses foram ainda confirmados cinco casos isolados, que estão a ser investigados.

O vírus do sarampo pode ser transmitido por contacto directo com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infectada tosse ou espirra, recorda a DGS. Os doentes são considerados contagiosos nos quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento dos sinais de inflamação na pele (erupção cutânea). Estes sintomas aparecem geralmente entre dez a 12 dias depois da pessoa ser infectada.

A DGS retoma o apelo à vacinação. Esta é uma das “doenças infecciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas”. Quem está vacinado pode ter a doença, mas com um “quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso”.

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