Campanha: BE assume código para travar manipulação nas redes sociais

Regras impedem compra de seguidores nas redes sociais

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Reuters/DADO RUVIC

O Bloco de Esquerda (BE) anunciou a adopção de um código de conduta no contexto das próximas campanhas eleitorais perante o recurso frequente a informação falsa na Internet. 

“O Bloco decide assumir um código de conduta […], quanto à sua actuação no contexto das próximas campanhas eleitorais. Esta decisão tem em conta a tendência para o recurso sistemático à informação falsa e à manipulação através de redes sociais”, lê-se no site esquerda.net.

Segundo o código de conduta, o Bloco de Esquerda está presente, incluindo no período de campanha eleitoral, nas redes sociais Facebook, Twitter, Instagram, Flickr, Youtube e WhatsApp, produzindo directamente todo o conteúdo divulgado.

Por sua vez, só são utilizados perfis institucionais e os membros da equipa do BE “apenas intervêm publicamente nas redes sociais sob o seu nome próprio e de forma identificada”.

O partido esclareceu ainda que não "compra seguidores nas redes sociais" e que nas imagens e fotografias utilizadas em campanha não são atribuídas ou criadas identidades falsas.

Adicionalmente, o BE disse respeitar a lei na promoção paga das suas publicações, acrescentando que acolhe o debate nos seus espaços.

“O Bloco de Esquerda não organiza intervenção hostil em espaços de adversários políticos nas redes sociais”, indicou.

O partido rejeita ainda “toda a divulgação deliberada de informação falsa”, garantindo que vai tomar “todas as iniciativas legais ao seu alcance para identificar” a origem de calúnias, mentiras e informação falsa.

De acordo com o BE, é recomendada a adopção dos procedimentos do código aos seus dirigentes e representantes, “sendo o que publicam da sua exclusiva responsabilidade”.

“A democracia baseia-se na escolha informada. A intoxicação da opinião pública é uma ameaça à liberdade. Todos os partidos devem recusar e condenar métodos ilegais e antidemocráticos. Nenhum crime contra a democracia deve ficar impune”, concluiu.

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