Falha no Facebook expôs fotos privadas e não publicadas de utilizadores

A rede social garante que a falha já foi corrigida e que os utilizadores afectados serão alertados.

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Dado Ruvic/Reuters

Um bug no Facebook permitiu a alguns programadores de aplicações terem acesso a fotografias que os utilizadores tinham classificado como privadas ou mesmo que não tinham chegado a publicar no seu perfil. De acordo com a rede social, cerca de 6,8 milhões de pessoas terão tido as suas fotografias potencialmente expostas perante programadores de mais de 1500 aplicações.

Entre 13 e 25 de Setembro de 2018, o erro em questão permitiu a "terceiros" aceder a imagens como, por exemplo, conteúdos das histórias do Facebook – imagens que supostamente desaparecem da rede social após 24 horas – ou do Marketplace, a plataforma que permite a compra e venda de produtos dentro da própria rede social.

Além disso, a falha no sistema também abrangeu fotografias que os utilizadores transferiram para o Facebook mas que acabaram por escolher não publicar, admitiu nesta sexta-feira em comunicado Tomer Bar, um dos responsáveis da rede social. Em causa, por exemplo, estão imagens contidas numa pasta de computador seleccionada para upload que são carregadas mas cujo utilizador opta por não publicar num último momento.

No entanto, a rede social garante que as aplicações externas que tiveram acesso aos conteúdos foram aquelas às quais já tinha sido dada permissão para acederem às fotografias públicas dos utilizadores, através do interface de programação de aplicações (API, na sigla em inglês) do Facebook, ou às quais os indivíduos deram autorização através do login. 

"Actualmente, acreditamos que isto possa ter afectado cerca de 6,8 milhões de utilizadores e mais de 1500 aplicações criadas por 876 programadores", admitiu Tomer Bar. "Lamentamos que tenha acontecido", acrescentou.

O Facebook afirma que a falha já está resolvida e que irão notificar os utilizadores afectados, sublinhando ainda que não há qualquer evidência de que o erro tenha causado uma extracção de fotografias da rede social em larga escala. 

Na próxima semana, o Facebook irá lançar ferramentas para ajudar os programadores das aplicações a identificar os utilizadores afectados e auxiliá-los a sinalizar e eliminar as fotografias em causa. 

Esta é a mais recente polémica relacionada com falhas de privacidade do Facebook. Além do caso Cambridge Analytica – no qual a empresa de consultoria britânica acedeu aos dados de 87 milhões de pessoas –, em Setembro, a exploração de uma vulnerabilidade no sistema permitiu o acesso a informações pessoais de 29 milhões de utilizadores, como o seu nome, estado civil, histórico de pesquisa e localização. 

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