Amianto ainda não foi removido de mais de mil edifícios públicos

Há dois anos, o ministro do Ambiente afirmou que a retirada do amianto de 252 edifícios considerados prioritários seria feito até ao final de 2018. Está ainda em curso a substituição das placas de fibrocimento em 150 escolas.

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Telhas de fibrocimento Enric vives-rubio/ARQUIVO

De um “universo de 1400 edifícios” com problemas de amianto (ou asbesto, uma substância cancerígena), foram concluídas entre 2017 e 2018 as intervenções de remoção em 90 deles, refere o Ministério do Ambiente ao Jornal de Notícias. A associação ambientalista Quercus tem criticado o ritmo lento com que tem sido feita a remoção.

Dos 90 edifícios em causa (que representam 6,42% do total de estruturas identificadas), apenas 20 eram de prioridade máxima, considerado o nível 1 na escala prioritária. A maioria (66 deles) era intervenção de prioridade 2 e quatro deles de prioridade 3. A resolução do Conselho de Ministros de Julho de 2017 referia que deve ser dada primazia às intervenções de prioridade 1, deixando as restantes para os casos em que “exista disponibilidade orçamental”.

Em 2016, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, tinha afirmado que seria removido o amianto de 252 edifícios considerados prioritários até ao final de 2018 – e anunciou que, para tal, haveria um investimento de 46 milhões de euros no processo. O custo das 90 intervenções agora feitas ronda os 625 mil euros, o que representa 0,15% dos 422 milhões de euros que o Governo disse que gastaria na remoção de amianto dos 4263 edifícios públicos identificados.

Quanto às escolas que ainda tenham estruturas com amianto, o Ministério da Educação limita-se a referir ao Jornal de Notícias que “foram, estão a ser ou serão substituídas placas de fibrocimento com amianto em mais de 150 escolas do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e secundário.

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