Estrada que ruiu em Borba sujeita a avaliação para se decidir o seu futuro

Informação foi adiantada nesta sexta-feira pelo autarca. O Governo pediu uma inspecção urgente ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras onde se registou o deslizamento de terras.

Foto
Nuno Ferreira Santos

A estrada municipal em Borba, que colapsou em Novembro, provocando cinco mortos, vai ser sujeita a uma avaliação para ser decidido o seu futuro, revelou nesta sexta-feira à agência Lusa o presidente do município, António Anselmo.

De acordo com o autarca, a estrada municipal 255, que liga Borba a Vila Viçosa, no distrito de Évora, vai continuar "cortada e sinalizada" até ser tomada uma decisão.

No local onde se registou o deslizamento de terras e o colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada, no dia 19 de Novembro, "não está a decorrer qualquer intervenção, por enquanto", nem na via rodoviária, nem nas duas pedreiras de mármore atingidas.

"Está tudo parado", adiantou o autarca à Lusa, remetendo para as próximas semanas possíveis desenvolvimentos da situação.

António Anselmo, eleito por um movimento independente, aproveitou para alertar os possíveis curiosos para que "evitem andar" na estrada que ruiu, visto que "é extremamente perigoso" caminhar no local. A alternativa à estrada cortada, na zona dos mármores, é a variante entre Borba e Vila Viçosa, que está aberta ao trânsito há 15 anos.

O Ministério Público (MP) instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente, que é dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Évora, estando a investigação a cargo de dois magistrados.

Numa nota publicada, na quinta-feira, na página de Internet do DIAP de Évora, o MP indicou que, no âmbito do inquérito, "foram ordenadas as respectivas autópsias médico-legais", nos serviços de Medicina Legal de Évora, aos corpos das cinco vítimas mortais, "imediatamente" após o seu resgate.

O inquérito, acrescentou o MP na mesma nota, encontra-se em segredo de justiça e está "em investigação", prosseguindo "as respectivas diligências". O Ministério Público é coadjuvado na investigação pela Polícia Judiciária (PJ).

O Governo pediu uma inspecção urgente ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras onde se registou o deslizamento de terras.

Sugerir correcção
Comentar