Polícia israelita quer que Netanyahu seja acusado de fraude e corrupção

A polícia israelita recomenda que o primeiro-ministro seja acusado. A decisão está agora nas mãos do Procurador-Geral.

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Sara e Benjamin Netanyahu são suspeitos de fraude e corrupção ABIR SULTAN/REUTERS

A polícia israelita anunciou ter recomendado que o primeiro-ministro de Israel e a sua mulher, Sara, sejam acusados de fraude e corrupção, no terceiro caso de corrupção que está a ser apreciado contra Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro rejeitou todas as acusações neste caso em que é suspeito de tentar obter uma cobertura favorável do site de notícias Walla em troca de favores do Governo, que podem ter gerado centenas de milhões de dólares a Bezeq, o principal grupo de telecomunicações de Israel e proprietário da Walla.

O Procurador-Geral israelita terá agora de decidir se deve ou não indiciar o casal Netanyahu. Está ainda a avaliar se deve avançar com a acusação nos outros dois casos em que a polícia recomendou que o primeiro-ministro fosse processado por corrupção.

Esses outros casos têm a ver com a aceitação de prendas por Netanyahu de empresários e tentativas de acordo com um outro grande proprietários dos media, trocando uma cobertura favorável da sua actuação por legislação que seria desfavorável para um jornal concorrente.

Num momento em que a sua coligação de governo atravessa dificuldades que põem em perigo a sua coligação, estas notícias não são boas para Netanyahu. No entanto, a maioria dos outros partidos do Governo disseram que vão esperar por uma decisão do Procurador-Geral para tomarem eles próprios decisões sobre como irão reagir.

As próximas eleições legislativas, marcadas para Novembro de 2019, e Netanyahu quer tentar a reeleição. Alguns analistas dizem que Netanyahu pode tentar convocar eleições antecipadas, face ao perigo dos processos que o cercam, forçando o Procurador a pensar duas vezes antes de avançar.

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