Macron avisa: "Nunca aceitarei a violência"

Presidente francês convocou uma reunião de emergência para este domingo.

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LUSA/YOAN VALAT

O Presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu hoje que "nunca aceitará a violência", numa referência aos desacatos, à margem das manifestações, em Paris, dos 'coletes amarelos', que exigem mudanças nas políticas do país.

"Nada justifica que as forças da ordem sejam atacadas, que as lojas sejam saqueadas, que os transeuntes ou os jornalistas sejam ameaçados, que o Arco do Triunfo esteja contaminado", afirmou o chefe de Estado, em Buenos Aires, na Argentina, no final da cimeira do G20.

Segundo Macron, os protestos deste sábado causaram dezenas de feridos e levaram à detenção de pelo menos 224 pessoas e que "nada tem a ver com a expressão pacífica de uma raiva legítima".

O chefe de Estado francês anunciou que regressa a Paris no domingo e que já convocou uma reunião com os seus ministros para debater o estado de sítio instalado em Paris.

Os responsáveis pelos desacatos "serão responsabilizados pelos seus actos", avisou ainda o Presidente francês. Mais de 75 mil pessoas terão participados nas manifestações deste sábado, tendo sido detidas 200 em todo o país. 60 pessoas ficaram feridas.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, disse que a violência não foi perpetrada pelos coletes amarelos, mas por "profissionais da desordem". "Não são coletes amarelos, são pessoas que vieram para partir, saquear, ferir e até matar (...) Estão camufladas em coletes amarelos", disse à TF1, após a polícia ter, por fim, imposto a ordem na praça da Estrela e no Arco do Triunfo.

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