Última edição da Volvo Ocean Race estabeleceu vários recordes

Mais de 2,5 milhões de pessoas visitaram os stopovers da prova, marca que coloca a competição de vela no topo dos eventos desportivos internacionais.

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Foi a última edição com a marca Volvo associada ao nome da prova – a competição terá um novo naming, mas a construtora automóvel permanecerá como parceiro comercial -, mas deixou a fasquia bem elevada para as provas seguintes. A organização da Volvo Ocean Race (VOR) divulgou os números da 13.ª edição da mais longa prova de circum-navegação de vela por equipas e, para além de ter sido a mais competitiva de sempre, estabeleceu recordes em várias vertentes. Entre eles, destacam-se os mais de 2,5 milhões de pessoas que visitaram os 12 stopovers, marca que coloca a competição de vela no topo dos eventos desportivos internacionais.

Foram 45.000 milhas náuticas à volta do mundo, com um final épico após 126 dias de competição: virtualmente empatados, Team Brunel, MAPFRE e Dongfeng sabiam que quem percorresse as derradeiras 700 milhas da ligação entre Gotemburgo e Haia venceria a VOR, tendo o VO65 da Dongfeng sido o primeiro veleiro a chegar ao porto holandês, garantindo uma inédita vitória de um barco com bandeira chinesa na competição.

Cerca de cinco meses após o término da prova, os números divulgados pela organização comprovam que o sucesso não foi apenas desportivo. Em comunicado, a VOR revelou que “mais de 2,5 milhões de pessoas visitaram os stopovers da prova, colocando a Volvo Ocean Race no top dos eventos desportivos internacionais”. Mas há mais dados relevantes. As “mais de 3.300 horas de transmissão de televisão, geraram 429 milhões de euros em publicidade”, tendo a audiência televisiva acumulada sido de "2,2 biliões de telespectadores". Estes dois valores significam um acrescimento de perto de 50% em relação à edição anterior.

Nas redes sociais, foram feitos “mais de 400.000 comentários em posts do Instagram, mais de um milhão de comentários sobre conteúdos da prova no Twitter e nove milhões de retweets”. O vídeo mais visto nas redes sociais foi visualizado mais de 23 milhões de vezes, sendo que “o valor do retorno nas redes sociais foi de 71 milhões euros”, enquanto “o tracker oficial da prova acolheu 111 milhões de sessões exclusivas” e “a audiência da TV digital (OTT) foi de 342 milhões, gerando 67,8 milhões de euros em retorno de publicidade”.

Com uma grande preocupação em reduzir a pegada ambiental, nas race villages da prova foram proibidos os plásticos descartáveis, o que terá evitado “o uso de mais de 388.000 garrafas plásticas”. Foram ainda lançadas pelos barcos da prova “em partes remotas dos oceanos” 30 bóias científicas.

Num balanço sobre a prova, Richard Brisius, CEO da VOR, considera que “a fasquia foi colocada num nível muito alto” e que “as equipas e os velejadores tiveram desempenhos incríveis na água, o que levou a uma competição com uma narrativa convincente.” “Também estamos muito orgulhosos com os resultados do nosso programa de sustentabilidade, desde os Ocean Summits até ao programa de educação e pesquisa científica que pudemos proporcionar. Olhando para o futuro, esta será uma área na qual apostaremos ainda mais na próxima edição.”

A próxima edição terá o seu início no Outono de 2021 e terá novamente a sua largada em Alicante – a base na cidade espanhola resultou, segundo a VOR, num impacto na economia espanhola de 96 milhões de euros. Uma das novidades será a redução de 12 para nove stopovers e a rota definitiva será confirmada no verão de 2019.

Para além dos VO65s, os barcos que competiram nas últimas edições, a 14.ª VOR contará com a introdução de uma nova classe: os IMOCA 60s. “Adicionar a classe IMOCA 60 à frota VO65 existente traz de volta um elemento de conceito e tecnologia, que tradicionalmente tem feito parte da prova. Adiciona outro nível de complexidade ao projecto, o que é interessante para os velejadores, arquitectos e engenheiros, mas também para os fãs”, considera Johan Salén, um dos responsáveis pela organização do evento.

Por definir está ainda se Portugal continuará na rota da prova. O acordo para a permanência em Lisboa do boatyard e da capital portuguesa ser um dos stopovers terá que ficar fechado até ao final deste ano, mas há um compromisso por parte da VOR para que Portugal continue a ter um papel de relevo na prova de circum-navegação.

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