Universidade de Coimbra suspendeu 77 estudantes devido a plágio ou fraude

A prática de plágio alastrou-se com a ajuda das novas tecnologias. Reitor da Universidade de Coimbra avisou que para estes casos não haverá "penas menores".

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Nelson Garrido/ARQUIVO

A Universidade de Coimbra (UC) já puniu 77 estudantes pela prática de plágio ou de fraude em provas e trabalhos académicos, anunciou nesta quinta-feira a instituição. Numa nota enviada à comunicação social, a UC indica que este é o balanço dos últimos seis anos, especificando que 19 estudantes foram sancionados por plágio e outros 56 por fraude. Foram suspensos.

Os casos de plágio foram descobertos em trabalhos (12), relatórios (3), dissertações (três) e teses (um). Treze dos estudantes foram suspensos por cinco meses e aos outros seis foi recusada a avaliação pelo período de um ano.

Quanto aos casos de fraude, a maioria dos que foram detectados (37) dizem respeito à velha prática de copiar durante as provas de avaliação. Outros 16 estudantes foram apanhados, também em provas, na “posse de elementos electrónicos (telemóveis/smartwatches)”; dois simularam a identidade; houve mais dois punidos por “falsificação de documento” e um por ter associado o “nome a trabalho alheio”.

Dois dos alunos associados a estes casos foram punidos com uma das sanções mais graves previstas no Regulamento Disciplinar dos Estudantes da Universidade de Coimbra: a proibição de frequentar a UC por um período entre um e cinco anos. Os outros 56 foram suspensos temporariamente.

Na nota enviada nesta quinta-feira, a UC frisa que a entrada em vigor de um novo regulamento disciplinar, em 2012/2013, permitiu intensificar “o combate às tentativas de falsear os resultados das provas e trabalhos académicos”. E isto aconteceu porque antes daquele documento “não existia enquadramento” sobre as sanções a aplicar às práticas de plágio e de fraude.

Este “combate” foi reforçado no ano lectivo passado com a instalação na UC de um software de detecção de plágios, uma prática que se alastrou devido ao uso generalizado das novas tecnologias. A Universidade de Lisboa também já tem um software com este objectivo desde 2015.

A propósito do balanço agora divulgado, o reitor da UC, João Gabriel Silva, manifestou um “total repúdio por falsificações e plágios” e avisou: “Todos os casos assinalados têm consequências e não estamos a falar de penas menores."

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