Incêndio mais mortífero de sempre na Califórnia já fez 42 mortos

Equipas de socorro encontraram 13 corpos nas últimas horas e ainda há 228 pessoas desaparecidas. Há focos de incêndio no Norte e no Sul do estado

O incêndio já consumiu 45.000 hectares
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O incêndio já consumiu 45.000 hectares epa/PETER DASILVA
Há 228 pessoas desaparecidas
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Há 228 pessoas desaparecidas Reuters/ERIC THAYER
O tempo seco, a baixa hunidade e o vento quente alimentam as chamas
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O tempo seco, a baixa hunidade e o vento quente alimentam as chamas epa/EUGENE GARCIA
Mais de 300.000 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas
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Mais de 300.000 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas Reuters/ERIC THAYER
Há três grandes incêndios activos na Califórnia
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Há três grandes incêndios activos na Califórnia epa/MIKE NELSON
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O grande incêndio que começou há quase uma semana no Norte da Califórnia, nos Estados Unidos, já matou pelo menos 42 pessoas. É o mais mortífero de que há memória no estado. O balanço mais recente indica que 228 pessoas continuam desaparecidas.

A pequena cidade Paradise, a 130 km a Norte da capital da Califórnia, Sacramento, foi mais afectada pelo chamado Camp Fire, devido ao nome do local onde deflagrou. Foi lá que as equipas de socorro encontraram mais 13 corpos ontem. Desde a semana passada, mais de 300 mil pessoas foram forçadas a deixar as casas.

Já foram destruídas 7200 estruturas e outras 15 mil estão em risco.

Antes deste incêndio, o mais mortífero na Califórnia tinha acontecido em 1933, nos arredores de Los Angeles, e fez 31 mortos.

As causas do incêndio em Paradise estão a ser investigadas, entre notícias de que foram registadas falhas em centrais eléctricas pouco antes do seu início. As autoridades dizem que as chamas estão a ser alimentadas por uma baixa humidade, ventos quentes e um mês sem chuva.

As autoridades locais dizem que conseguiram controlar 25% das chamas, que já consumiram 45 mil hectares — um valor semelhante à área ardida na zona de Pedrógão Grande no Verão de 2017, quando 66 pessoas morreram.

Para além deste incêndio no Norte do Estado, ontem a maior preocupação era com vários focos de incêndio no Sul da Califórnia, perto de Los Angeles. O mais preocupante era o de Woolsey, que até ao fim da tarde de ontem (hora de Lisboa) tinha consumido 38.976 hectares, segundo a CNN, e destruído 435 estruturas. Mas 57 mil outras estruturas estavam ameaçadas pelas chamas.

O incêndio de Wolsey, que se move rapidamente, fez arder um cenário cinematográfico que foi recentemente usado pela série de televisão Westworld e as casas de várias celebridades, forçadas a fugir das chamas como qualquer outra pessoa. Kim Kardashian West, Scott Baio, Rainn Wilson, Caitlyn Jenner e Guillermo del Toro são alguns dos famosos que tiveram de fugir das chamas.

As celebridades que vivem na zona — que apanha Malibu, por exemplo —, têm partilhado nas redes sociais apelos e relatos das suas experiências.

O governador do estado, Jerry Brown, do Partido Democrata, tem apontado para as alterações climáticas. “Isto não é o novo normal, isto é o novo anormal”, disse Brown.

A frequência e a gravidade dos incêndios têm aumentado na Califórnia fora dos meses de Verão. O número de mortos também aumenta, porque há mais pessoas a viver na Califórnia (40 milhões, o dobro de 1970) e a viverem cada vez mais em zonas de risco.

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